Embora eu deteste dar conselhos sentimentais, muita gente insiste em me fazer de terapeuta e me contar seus problemas referentes a relacionamentos amorosos e perguntar o que eu acho.
Até aí, tudo bem, eu sou boa ouvinte. E acho que até não sou tão ruim no quesito conselhos, porque sempre procuro analisar os dois lados.
Mas tem gente que me cansa. Tem gente que simplesmente não quer ser ajudada.
Explico.
Quando alguém me procura para conversar sobre seu rolo/ficante/namorado/noivo ou qualquer coisa que o valha, eu evito dizer frases radicais, como: "que filho da puta!"; "mete um pé na bunda dele!"; "acorda, você deve ser corna", e coisas semelhantes.
Mas, de maneira sutil, tento fazer a pessoa perceber certos sinais. Ou seja, tem gente que radicaliza demais. Ou por ser muito cego/tapado e achar que seu namorado/etc. é um santo, quando é um galinha, ou por achar que é um cafajeste -- quando também não é o caso. Então, de uma forma bem tranquila, eu procuro moderar as coisas, e não incentivar a pessoa a fazer uma tempestade em copo d'água, ou a tapar os olhos para tudo.
Tenho uma amiga que adora alugar meu ouvido (e olhos, pelo MSN) com as histórias mais repetitivas acerca dos caras com quem ela se envolve. Até pouco tempo atrás, ela namorava um cara muito sossegado, gente boa, de quem ela pegava no pé até fazer calo. Ela não deixava o coitado respirar.
Foi só terminar com ele -- depois de quatro anos de namoro --, e não deu meia hora para ela se envolver com um cara bem mais velho, de profissão típica de canalhas (sim, isso existe), e, pior, enrolado com uma suposta namorada há mais de 10 anos. Desde o começo, a história era toda muito esquisita. Mas ela jurava que tinha encontrado o príncipe do cavalo branco.
De maneira gentil, eu tentava mostrar para ela os "furos" nas coisas que ele falava. Eles estavam envolvidos há menos de um mês e ele jurava que ia terminar com a namorada (?) de 10 anos (o namoro, não a namorada) para casar com ela. Sim. Ele prometeu casamento e criar o filho dela. Suspeitíssimo.
Entre outras coisas, dizia que iria à casa dela conversar com a mãe dela, que estava apaixonado, enfim, todas essas frases de efeito supermanjadas, que todo homem usa para tentar levar uma mulher para a cama. E ela foi, inclusive muito depressa, para os finalmente com ele (que era só o que ele queria, óbvio).
Mas, apaixonada que estava, e se jogando de cabeça, acreditava em tudo que ele falava. Inclusive nas histórias mais absurdas que se possa imaginar. Chegou a brigar e enfrentar o mundo "em nome desse amor". Já estava quase a ponto de fazer o enxoval. Ok.
Eis que eu, em todo esse tempo, tentei alertá-la, de maneira educada -- e não como umas "amigas" dela por aí que só sabiam chamá-la de burra e coisas piores. Não que ela não seja, mas eu não falo isso na cara de uma amiga, pois existem formas mais inteligentes e menos agressivas de alertar uma pessoa.
Bem, o resumo da ópera é que, lógico, o cara não terminou com a mulher/namorada/sei-lá-o-quê dele, ficou 20 dias desaparecido, e depois resolveu ressurgir das cinzas (não como a Fênix, pois seria uma ofensa para nossa X-Girl), com um milhão de conversinhas moles novamente, tentando claramente fazê-la de otária.
But, that's my point. Ela, no momento em que ele foi conversar com ela, fez-se de durona, xingou, tentou humilhá-lo, tentou ofender, usou de todas as palavras mais ásperas que conhecia, e jurou nunca mais olhar na cara dele. E também tentou fazer com que eu acreditasse nisso. Logo eu, sua amiga de tantos anos, que a conheço tão bem, e nos últimos tempos já desci do salto e mandei ela acordar para a vida, que esse cara não valia um quilo de feijão carunchado. Mas beleza, é lógico que ela finge que ouve, mas não põe nada em prática (então não sei pra que diabos pede conselhos).
Mas, ocorre que, dois dias depois dessa suposta conversa de lavagem de roupas sujas, ela o encontra novamente numa festinha da tchurma. E adivinhem o que ela faz? Não, não ganha um doce quem acertar. Até porque é bem óbvio, né. Ficou com ele de novo.
Quer dizer, ela bota a maior banca, se faz de gostosona, diz que o cara é um filho de uma mãe de reputação duvidosa, que nunca mais na vida quer sequer ouvir o nome dele, e na primeira oportunidade ela se derrete de novo pelos seus encantos (?).
Agora, vocês hão de convir comigo: essa pessoa não tem mais jeito. Ou eu sou um fracasso como conselheira, ou ela é um fracasso como "pessoa que tem pelo menos um mililitro de amor próprio".
Mas o que fazer quando a pessoa acha que é a protagonista de uma história de amor-impossível-mas-que-no-final-dá-certo da novela das 8h?
4 transtornados opinaram:
HAHAHHAHAHA, que dó da sua amiga!
Nossa, tenho passado por um caso bem parecido com esse, só que o namorado da minha amiga não tem um rolo-namorada-noiva- ou qualquer coisa do tipo há 10 anos. Eles namoram á 2 e ele só a levou na casa dele faz uns 2 meses, eles ficam de fim de semana e quando chega a segunda feira ele acaba com ela por mensagem... é um mimado e que faz ela de gato e sapato.
Ela pede conselhos, eu falo, ela faz que escuta e que vai seguir, mas quando menos se espera ela liga pra ele e acabam voltando...
Eu falei que já não falo mais nada, quer ser feita de idiota, boa sorte....
Esse tipo de atitude me irrita... mas cada um sabe do valor que tem e do tratamento que merece receber...
Bjao e at+
"Mas o que fazer quando a pessoa acha que é a protagonista de uma história de amor-impossível-mas-que-no-final-dá-certo da novela das 8h?"
é a pergunta q eu tenho me feito...rs... CANSEI de falar com uma amiga minha... ela simplesmente acha q tá num desenho da disney e q o cara é um príncipe... ai socorrooooo!!!
Quando li o seu post ( há 3 dias atras e vim só agora comentar por pura falta de tempo ... minha bebê não dorme mais menina! ) me lembrei de uma amiga minha. Vou resumir a estória aqui pra vocês: Ela se envolveu com um cara casado, pai de 2 filhos (4 e 2 anos se não me engano ) e se iludiu com mil e uma promessas. Eu não sou tão sutil quanto você e desci a lenha no cidadão e ela nada. Quando ela falou que ia fazer escandalo na casa dele eu me afastei dela por não concordar com tal atitude, ainda mais por ter duas crianças envolvidas no caso ( que ela uma vez disse que não ligava para o sentimento delas ) e por ela não ser nenhuma mocinha ingênua e enganada. Resumo da ópera: minha amiga continuou com o cara, engravidou, elvou um pé na bunda e pelo o que sei, cria a criança sozinha pois os pais viraram as costas para ela e o cara se mandou no mundo.
Sou da seguinte opinião: Você pode mover céus para tentar ajudar ou aconselhar uma amiga, mas se ela não quiser enxergar o que tá claro para quem quiser ver, não adianta. Agora, se uma atitude de qualquer amiga minha que se seja for contra o BEM eu viro as costas mesmo e não tô nem aí se vão me julgar como "boa" ou "má" amiga. Acho que tudo tem limite!
Ótimo Post!
Beijos!
Sah
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