Relacionamentos saudáveis

Sinto-me no direito de escrever sobre relacionamentos saudáveis, não apenas por ter um, mas porque acredito que este é um assunto nunca suficientemente debatido.

Muitos fantasiam acerca de um relacionamento perfeito. Mas, sinto informar, isso não existe. O que existe são relacionamentos saudáveis e relacionamentos prejudiciais. Cabe a cada um de nós avaliar seu próprio namoro, casamento, etc., e chegar à conclusão se o relacionamento está fazendo bem, acrescentando algo à nossa vida, ou se está desgastado e mais dando dor de cabeça do que alegrias.

Contudo, alguns sinais são cruciais no momento em que se avalia se estar com uma pessoa é bom ou ruim para ambos. Em primeiro lugar, quero esclarecer que até mesmo o melhor dos relacionamentos tem brigas. Sim, discussões e discordâncias são inerentes ao ser humano, e é impossível duas pessoas que vivem juntas jamais terem uma desavença sequer e pensar e agir exatamente igual em todas as situações.

Ainda assim, existem graus de brigas e formas de discussões. Na minha cabeça, um namoro que tem mais brigas que momentos felizes nunca será saudável. Um casal que passa mais horas discutindo o relacionamento e chorando (ou se ofendendo) do que falando baboseiras e rindo junto não pode dizer que se dá bem.

Eu sei que devo estar sendo criticada mentalmente nesse momento por quem me lê, mas estou apenas dizendo a mais pura verdade, nua e crua. Acho um ultraje pessoas que insistem em relacionamentos falidos, cheios de desavenças, desespero, brigas com gritos e palavras de baixo calão. Para mim, isso é simplesmente “dar murro em ponta de faca”.

Não vou dizer que nunca tive um namoro assim. Tive, sim. Brigávamos 24 horas por dia. E o relacionamento durou menos de dois meses. Mas conheço gente que namora desse jeito há anos. E Aí eu me pergunto: “por quê?”.

Mas não sei a resposta, para ser sincera. E acho que nem eles mesmos sabem.

Mas, voltando aos relacionamentos saudáveis. É extremamente imprescindível (redundância?) a sinceridade e transparência desde o começo. Parece óbvio, eu sei. Mas analisando profundamente, vemos que não é.

Explico.

Muita gente começa um relacionamento baseado em aparências. “Tenho que me comportar e cuidar com o que vou falar, não posso expressar minhas opiniões tão rápido assim. Vai que ele/ela se assusta”. Completamente errado. Você pode e deve ser você mesmo desde o começo. Assim, se a pessoa gostar de você, será pelo que você realmente é, e não por um personagem que você criou. Porque, acredite, nenhum personagem dura muito tempo. Logo você mostra seu verdadeiro “eu”, e aí pode desagradar.

Assim começam muitas das brigas dos relacionamentos. “No começo você era assim, agora você é assado!”. Já ouviu um caso assim? Pois é.

Todo mundo tem que ceder, sim. Ambos os lados precisarão abrir mão de algo em dados momentos. Mas isso não significa aniquilar-se e fazer apenas as vontades do outro. Desse jeito, uma das partes estará sempre infeliz, ou acabará se perdendo de si mesmo ao longo do tempo.

Compreensão é fundamental, mas personalidade e opinião também.

A melhor coisa em um relacionamento é você poder ser você mesmo. Poder falar as suas piadas sem graça, poder debater assuntos sérios e expor sua opinião. Ter liberdade para falar dos seus sentimentos. Rir e chorar. Permitir-se cometer um erro e saber que será compreendido. Ter com quem desabafar. Poder contar seus segredos mais íntimos. Não ter medo de parecer ridículo. Não ter medo de pedir um carinho. Nem de fazê-lo. Não ter vergonha de dizer palavras bonitas, ou bregas, mas que vêm do seu coração. Espontaneidade é a chave de uma convivência saudável.

E reafirmo, não falo isso só porque hoje eu sei que sou completamente realizada no meu relacionamento. Fiquei sozinha por muito tempo, e sempre pensei da mesma forma: se for para ter alguém que só me faz sofrer, prefiro ficar sozinha.

Relacionamento é bom até o momento em que está te fazendo bem. A partir de quando começa a fazer mal, é hora de rever seus conceitos e sua vida.

O principal aspecto de um relacionamento saudável é que, nele, os dois sempre ajudarão um ao outro a melhorar, não importa como. Atitudes egoístas e ciúme exagerado nunca farão nem o relacionamento nem o casal progredir. Muitas vezes, abrir mão de um momento juntos é uma prova de amor. Se seu namorado ou sua namorada tem um trabalho importante da faculdade para apresentar e precisa se dedicar para prepará-lo, cabe a você compreender que ele/ela precisa de um tempo para isso. Fazer birra e cobranças não ajudará em nada. Ao contrário, incentive o seu par a se dedicar aos seus afazeres, e ofereça ajuda, sempre que você puder ser útil. Mas não force a barra. Principalmente se você pensa em ter um futuro ao lado dessa pessoa, analise: que tipo de marido/esposa você quer ao seu lado? Um fracassado ou um bem-sucedido? Não é questão de ser dinheirista, é uma questão óbvia. Além do mais, você não quer alguém jogando na sua cara que não estudou ou que recusou um emprego melhor por sua causa, não é?

A individualidade de cada um precisa sempre ser preservada. É claro que, em um relacionamento, vocês passarão a compartilhar muitas coisas, mas não significa que vocês tenham que viver um a vida do outro.

Outro indicativo muito simples sobre se o relacionamento vai bem ou mal é a vontade de estar com a pessoa. Você tem vontade de ficar junto, ou acha que isso é obrigação dos casais? Você se sente de fato mais feliz ao lado dessa pessoa, ou está simplesmente acostumado?

Por hoje é “só”. Acredito que este post vai ter continuação.

4 transtornados opinaram:

Rê_Ayla disse...

nossa, concordo com TUDO. E por um simples motivo: já tive relacionamento saudável, e relacionamento não-saudável. Hoje, prefiro mil vezes estar solteira do q num relacionamento não-saudável.

só add uma coisa: parece impossível, mas eu já tive um relacionamento q, do início ao fim, teve ZERO brigas, e durou quase 2 anos (e éramos/somos muito diferentes). E somos amigos até hj.

Priscila Tieppo disse...

Pois é, isso é bem verdade...o problema é q qdo estamos em um relacionamento não-saudável, não percebemos...Mas, nunca é tarde pra acordar! Belo post! Bjs

Irmãs disse...

Jean, acredita que não tá atualizando o seu blog lá no "Coisas"? Acho que fiz alguma coisa errada, vou ver! Só vi agora que tem post novo!

Se eu falar mais uma vez que concordo com tudo o que vc disse vai ficar chato, pois é sempre assim, mas não tem jeito ... você está certíssima. Meu primeiro relacionamento totalmente as Claras ( sendo eu mesma ) foi com o Fábio e hoje estamos casados. Quando ele me convidou pra sair a primeira vez eu já entrei de sola: Olha só, se é pra tirar um barato com a minha cara nem se aproxime. Tô cansada de cara babaca! Eu disse exatamente isso! ( risos ) e posso dizer que em todo o tempo que eu estou com ele nunca deixei se ser eu mesma, nem em um minuto. Brigamos e discutimos sim, mas nunca perdemos a oportunidade de fazer piada de alguma situação. Até discutindo uma vez eu falei não sei o que pra ele e ele começou a rir pois lembrou de uma música e eu comecei a rir também e a discussão acabou aí ...

Belo Post! Passa no "Coisas" que tem mais premio pra vc ... nossa, quanto premio estamos ganhando essa semana, não?

Beijão!

Sah

Blog Dri Viaro disse...

Passando pra conhecer o blog, e desejar boa semana

bjs

aguardo sua visita :D

Sou sempre eu mesma, mas não sou sempre a mesma!.
 
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