Lost...


Queria ser como os poetas, que transformam sua dor em arte. Ou como os músicos, que se fazem eternos mesmo com sua tristeza. Quem me dera até mesmo se soubesse desenhar, ou pintar, ou esculpir, tricotar. Qualquer coisa em que eu pudesse extravasar meus sentimentos.


Mas não fui abençoada com dom artístico algum.


E as minhas dores preciso enfrentar sozinha. Quieta. Num canto. Porque não encontrei uma válvula de escape adequada. Às vezes, essa dor se transforma em raiva, e aí outros sofrem junto comigo. Mas isso não alivia. Só piora.


Preciso de novos ares, mudanças. A carga está a cada dia mais pesada, e não sei até quando vou aguentar.


Meu pai sempre diz que a vida é dura pra quem é mole. E eu nunca fui mole. Mas acho que agora a vida endureceu demais comigo.


Não sei quando foi que me perdi de mim mesma, quando fui abduzida por este mundo ingrato.


Sei que me sinto sufocando, e preciso muito respirar. Preciso ter liberdade para ser, agir, pensar, falar.


Não sei viver enclausurada num mundo de amargura e falsidade. Não sei pisar em ovos. Meus passos sempre foram largos, rápidos e firmes.


Tenho buscado alternativas, procurado uma saída, mas a luz no fim do túnel ainda parece muito distante.


Enquanto eu era só uma rebelde sem causa, estava tudo bem. Mas minha rebeldia se esvaiu, e as causas hoje são muitas...



Difícil

Há tempos não escrevo aqui, o que sempre me deixa com um apertinho no coração, pois tenho muitos leitores especiais, dos quais gosto muito e sempre apreciei acompanhar seus blogs também. Mas digamos que a vida anda me dando umas quantas pauladas ultimamente.

E uma das coisas que mais me doem é a crueldade humana. Digamos que recentemente tive uma atitude que muitos dos meus colegas de trabalho não compreenderam. Em resumo, foi algo muito difícil, mas a decisão que tomei acredito ter sido a mais correta no momento. E sabendo que não posso agradar a gregos e troianos ao mesmo tempo, tive de agir racionalmente, mesmo com o coração na mão.

Por conta disso, alguns deles agora me tratam como um desafeto. Na verdade, não me tratam. Alguns fizeram a lei do silêncio comigo, como se eu tivesse cometido um crime. Não fiz nada para prejudicar ninguém, pois jamais tomaria qualquer atitude com essa intenção. Mas o que as pessoas não entendem é que cada um é responsável pela sua própria vida, e muitas vezes precisamos encarar as consequências de frente, assumindo nossa parte na cagada, e não tentando achar culpados.

Mas é muito mais cômodo jogar a culpa em alguém. Especialmente se esse alguém é mais novo que você e vem se destacando com méritos próprios, simplesmente pelo próprio esforço, sem nenhum tipo de protecionismo. Para algumas pessoas, é difícil entender e principalmente aceitar isso. Com isso, deixam-se tomar pelo rancor, pelo ódio, e tomam atitudes diferentes daquilo que pregam.

Até tentei conversar, mas não me deram chances. Só vieram com as pedras na mão e com as línguas afiadas espalhando boatos maldosos, fazendo picuinhas cruéis. O pior é que as injustiças vêm até mesmo de quem eu não esperava.

E nessa situação, eu tenho que continuar lutando, dia após dia, contra todos os motivos que já me desmotivavam antes, e ainda tendo que aturar a hostilidade alheia. Só não me perguntem até quando vou aguentar, pois isso realmente é imprevisível.
Sou sempre eu mesma, mas não sou sempre a mesma!.
 
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