Perseguição

Diante de uma situação tão tenebrosa pela qual passei hoje, não vi outra alternativa a não ser vir compartilhar isso com vocês.

Sei que este post deverá causar diversas reações, assim como a situação causou em mim — é claro que vivenciar é bem pior que ler.

Na verdade, seria cômico se não fosse trágico, mas chega de enrolação e vamos aos fatos.

No meio da tarde, eu estava no trabalho e resolvi descer para dar uma mijadinha ir ao toilet, e mal podia imaginar o que me esperava lá...

Ao entrar, deparei-me com a visão do inferno. Um cara barbudo, cabeludo e igualmente peludo em todo o corpo, sem camisa, em frente à pia, secando o sovaco as axilas com o papel toalha de enxugar as mãos.

O detalhe é que hoje fez um calor desumano, e, por conseguinte, o indivíduo estava extremamente suado, pingando, eu diria. Vocês podem imaginar o fedor de um ônibus cheio de pedreiros às 18h30. Aliás, acho que isso ainda seria menos desagradável que o odor de gambá em decomposição que eu senti ao adentrar o toilet.

Na maior naturalidade, ele disse: "Ah, aqui é o feminino? Achei que era o masculino". Mas o ponto é que ele não saiu! Continuou lá em seu ritual de higiene (?)

O pior de tudo é que, ao entrar, eu fiquei tão sem reação que entrei em uma das "casinhas" do banheiro e fiquei esperando ele sair, para poder, então, satisfazer minhas necessidades fisiológicas. Não consegui sequer balbuciar uma única palavra, tamanha a minha perplexidade.

E ele ficou ali por mais um tempo, exalando aquele cheiro abominável e secando a réplica de Tony Ramos que é o seu corpo.

Até fiquei me indagando se eu estava sofrendo de algum tipo de alucinação ao imaginar que havia uma plaquinha na porta diferenciando o banheiro feminino do masculino. Mas, não, realmente a sinalização é bem clara, e acredito que até meu vira-latas saberia que ali é lugar de "menina".

O pior é que aquela podridão impregnou no banheiro, e eu saí de lá desesperadamente atrás da senhora da limpeza, implorando para que jogasse álcool, água sanitária, soda cáustica, ou o que fosse preciso para tirar aquela catinga de lá.

Para variar, esse "incidente" murphyano desencadeou uma enxaqueca torturante que há algum tempo eu não tinha, e meu estômago parece fazer os movimentos de uma roupa na máquina de lavar.

Agora, alguém me explica isso? Porque eu juro que não entendi.

Confusão

Ultimamente, é assim que tenho me sentido. Confusa. Fraca. Sozinha. Desmotivada.

Não, não tem nenhum motivo em especial — o que às vezes faz parecer que eu sou uma idiota e estou procurando chifre na cabeça de cavalo.

A verdade é que eu tenho me tornado a cada dia uma pessoa mais esquisita. Nada parece me satisfazer. E o pior é que esse blog, que inicialmente fora criado para ser um espaço de interação, diversão, etc., quando não está abandonado, só serve para eu me lamuriar... o que eu acho uma pena, pois tem pessoas muito legais que me leem e comentam aqui, mesmo eu sendo relapsa e não correspondendo :(

Só sei que todos os dias levantar da cama é um sacrifício muito grande pra mim... ir para o trabalho, ter que ver pessoas, falar com elas, sorrir, pensar... e aí eu recebo missões cada vez mais complexas, que só fazem com que eu me sinta mais burra e incapaz.

Às vezes sinto um vazio tão grande que não sei explicar... e realmente não tem um motivo (pelo menos que eu tenha identificado até agora).

Na maioria do tempo, procuro acreditar que é só cansaço, só pelo fato de eu não saber o que são férias (sequer uma semaninha) há pelo menos seis anos. Sempre priorizei o trabalho, a "carreira", os estudos... e fui deixando as minhas vontades de lado.

Inclusive, estou frustrada até agora por não poder ir ao show do AC/DC em São Paulo nem em Buenos Aires...

Enfim... Eu não posso reclamar. Eu tenho emprego, enquanto muita gente procura que nem doida. Eu sou formada, enquanto muita gente sequer sabe ler. Eu tenho uma família que me ama e me apoia (do jeito dela, mas não posso me queixar), tenho minhas coisas, praticamente conquistei independência financeira, tenho um namorado que me faz muito bem, e tenho amigas, com as quais eu sei que posso contar. São poucas, mas eu sinto firmeza na amizade delas.

Mas é como se algo estivesse faltando. Tem um vazio dentro de mim, que não consigo identificar ou sanar. Sempre me sinto, como disse a Rose, numa sala de espera, aguardando pela minha vez de ser feliz de verdade, enquanto eu vejo todos sendo "atendidos" antes de mim.

Talvez o meu problema seja a falta de expectativas. Porque de certa forma eu estou estagnada. Eu me formei, e estou trabalhando. Tá, e daí? Pelo que eu estou esperando agora? Não consegui fazer uma pós ainda, porque na minha cidade não tem, as que tem numa cidade próxima são cursos que não me interessam — e mesmo que interessassem, meus horários de trabalho são incompatíveis.

Não vivo mais a ansiedade de esperar pela minha formatura, nem por nada que pareça significativo. Tudo que eu imagino ou sonho parece tão distante, tão impossível, tão abstrato... que eu acabo desistindo antes de tentar.

Não sei mais se meu trabalho me faz feliz, na verdade, porque tenho me questionado muito sobre se escolhi a profissão certa... às vezes eu acho que sim, mas tem horas que eu sinto tanta raiva de ter que fazer certas coisas, que começo a ficar em dúvida novamente...

Enfim, não quero me prolongar ainda mais. O único sinal de um comportamento diferente que eu tenho notado é a obsessão por comprar esmaltes. A cada vez que vou a uma farmácia, por exemplo, tenho que sair pelo menos com um esmalte novo, por mais que não esteja precisando...

Ah... esse negócio já está parecendo mais uma autoanálise... espero voltar aqui com melhor ânimo da próxima vez. E me perdoem novamente pela ausência... a correria aqui está grande.

Obrigada a todos que ainda têm paciência de passar por aqui.

O amor suporta tudo?


(Momento poeta mode on)

Embora esteja escrito na Bíblia, livro do qual nunca devemos duvidar e bla bla bla, quero dizer veementemente que, NÃO, o amor não suporta tudo. Pelo contrário, o amor é frágil. Ele precisa ser bem cuidado para que cresça e se fortaleça.

Não compactuo com essa ideia de que o amor supera tudo, que por amor vale a pena viver num vale de lágrimas, e toda essa coisa de filmes e afins.

Para mim, o amor é como o topo de um iceberg. Ele precisa de uma base sólida e resistente que o sustente, caso contrário pode submergir.

E a base à qual me refiro são as atitudes de quem ama e é amado. Para começo de conversa, o amor é uma troca. Não existe amor sem reciprocidade. Se uma pessoa ama outra sem ser amado, isso não é amor, pois a mutualidade é a premissa básica do amor. Talvez seja doença, obsessão, ilusão. Qualquer coisa, menos amor.

Além disso, o amor é construído dia a dia. Não adianta você dizer que tal pessoa te ama e pronto, e com essa segurança esquecer-se dos pequenos gestos que solidificam o sentimento. A cada dia, se põe um novo tijolinho na infinita muralha do amor.

O tijolinho pode ser uma gentileza, um carinho, uma palavra bonita, um dia gostoso passado juntos. Também pode ser aquele apoio no momento difícil, o ombro para chorar, a palavra de consolo, um conforto, um abraço de alívio.

O amor é também e principalmente amizade, companheirismo, compreensão, solidariedade. O amor é um cuidar do outro, preocupar-se, zelar pelo bem estar do outro, querer bem. Fazer uma surpresa, nem que seja uma ligação no meio da tarde para dizer um oi.

O amor é o mais complexo dos sentimentos, pois ele depende de um universo de outros para se sustentar. O amor é exigente, muito mais caprichoso que a mais rara das orquídeas. Precisa ser regado e iluminado nas doses exatas.

Não existe fórmula para o amor. Ele é alimentado aos poucos, um pouquinho a cada dia, e é amando que se aprende a amar. Não há teoria, só prática. E não se pode confundir a paixão com o amor, não.

A paixão tira o fôlego; o amor acalma.

A paixão tira o sono; o amor faz sonhar.

A paixão deixa os dias mais floridos. O amor nos acompanha mesmo nas tempestades.

Amor não é paixão. É paixão também. Paixão e muito mais. O amor é inexplicável. Não foi feito para sentir. O amor foi feito para viver.

(Momento poeta mode off)

Quanta honra!

Ok, ok, podem parar de me xingar. Eu sei que sou uma blogueira relapsa e mal educada, que fica um tempão sem postar e comentar nos blogs amigos, mas é que eu estou com uns projetos paralelos aí muito ocupada ultimamente, numa correria do cão mesmo — tanto que atrasei uma conta em uma semana e paguei R$ 40 de juros! queria morrer, mas deixa pra lá.

O que me traz aqui hoje são as pernas é o fato de que eu estou me achando! Ok, é isso mesmo. Tô me sentindo o bicho da goiaba, a última bolachinha do pacote, a última Coca-Cola do deserto, e quaisquer outras denominações para fodeza extrema que vocês quiserem acrescentar, de forma a contribuir com o meu vasto vocabulário de inutilidades.

Ok, ok (Nelson Rubens), parei com a autopromoção barata e vou dizer o porquê. É que as lindíssimas, suculentas, vitaminadas Sah, a Andréa (Desassossegada) e a Liana me honraram mais uma vez com um selinho de reconhecimento às bobagens que escrevo à qualidade do meu humilde e singelo blog.

Então, em homenagem a elas, posto hoje para dizer que aprecio muito estas atitudes, e principalmente o companheirismo, de continuarem lendo minhas doideiras palavras, comentando sempre e me ajudando a ter ânimo de tocar o barco blog em frente.

As regras são aquelas de sempre, e portanto já digo aqui que minhas escolhidas estão devidamente linkadas e serão devidamente avisadas em suas páginas quanto à premiação.

Além das queridas que me premiaram, que obviamente devem se considerar premiadas de volta, indicarei alguns blogs que eu adoro (eu adoro todos os favoritados ali do lado, mas enfim, a regra da brincadeira é essa):

Entre Telas

Sou para-raio de doido

Just a(n a)normal life

Las miserentas

Afiando o salto alto



Obrigada novamente a todos! Agora voltamos com a nossa piração programação normal.

Amigos

Hoje, na hora do almoço, em uma coversa descontraída, eu e dois colegas de trabalho entramos no assunto amizade. O meu comentário foi acerca de uma constatação que já tive há certo tempo, e acho que vale a pena compartilhar aqui com vocês.

Eu sempre me dei melhor com os meninos. Acho muito mais fácil e agradável fazer amizade com um homem que com uma mulher. Explico por quê.

Tudo bem, talvez eu tenha um pouco a mais de testosterona no organismo que a maioria das mulheres. Não que eu seja machona e ande igual a um espartano, mas eu gosto de futebol, de jogar baralho, sinuca, tomar cerveja, e não tenho muitas frescurites, digamos assim, nem mesmo gosto de fazer compras. Não sou fissurada em roupas, sapatos, maquiagens e afins.

Talvez por isso estar em um grupo muito grande de mulheres por muito tempo me cause alguns arrepios. Primeiro, pelo natural instinto de competição que as mulheres possuem, que eu odeio. Uma está sempre tentando mostrar para a outra que é mais bonita, sexy, atraente, cheirosa, chique, e uma lista interminável de etcéteras que as outras. Mesmo que seja sua melhor amiga. Isso me irrita profundamente.

Primeiro, porque eu não valorizo muito a aparência das pessoas. O que me importa é o caráter e a personalidade — atributos aos quais as pessoas parecem não dar muito valor ultimamente.
Além do sentimento de inveja implícito em cada frase que boa parte das mulheres pronuncia, detesto veementemente conversas fúteis, que eu costumo chamar de "papo de salão".

Sinceramente, não me interessa o que está na moda. Eu uso o que eu gosto e acho bonito, não o que um estilista idiota qualquer diz que é bonito. Não estou nem aí se a Suzana Vieira procura maridos no jardim de infância, ou se o Dado Dolabella arrebentou a cara da Luana Piovani (merecidamente) pela trigésima oitava vez. Eu mal dou conta de cuidar da minha vida, vou me preocupar com a dos outros? Pior, com a vida de pessoas que não fazem e menor diferença para mim!?

E aqui eu poderia citar uma lista muito grande de conversas superficiais e completamente inúteis que as mulheres costumam ter quando se juntam. Se você puxar um papo coerente ali, elas vão ficar te olhando com cara de abajur, e provavelmente logo mudarão de assunto.
Por isso, eu tenho poucas amigas, selecionadas a dedo, que não são fúteis e alienadas ao mundinho hipócrita que domina os meios de comunicação atualmente, e cujo repertório de assuntos não se limite aos reality shows de top models, à vida das "celebridades" e ao que está suuuuuuuuper na moda e muuuuuuito barato em tal boutique. #prontofalei

Isso só acontece comigo!

Eu já havia desligado o computador por hoje, mas um fatídico acontecimento me fez voltar aqui e relatar mais detalhes da sorte com a qual fui contemplada ao nascer.

Dias atrás, resolvi finalmente fazer aquela tão planejada hidratação nos cabelos. Creme em mãos, touca térmica, vamos lá. Besuntei o cabelo todo — que não é pouco! — com um maravilhoso e poderoso hidratante. Ao que eu estava acabando, minha mãe me dá a feliz notícia: o chuveiro havia queimado. E aqui em casa só tem um banheiro.
Para minha sorte, naquele dia estava frio, o que significa que fiquei mais de duas horas com a cabeça congelando até que minha mãe pudesse sair de casa para comprar outro chuveiro, e o meu pai substituísse o queimado pelo novo.

Até aí, tudo bem. Pelo menos meu corpo estava aquecido com roupas adequadas, portanto não passei tanto frio.

Hoje, como Murphy realmente não folga de sábado — no meu caso, nem de domingo, ano novo, dias santos, etc... —, tive mais uma prova de que a expressão "tirar um tempo para cuidar de mim" não se encaixa de maneira alguma no meu vocabulário.

Simplesmente no dia mais frio do ano na minha cidade (fez -4°C de madrugada), quando eu estou no meu maravilhoso banho, com os cabelos totalmente imersos em muita espuma de xampu, essa lendária lei resolveu aplicar-se à minha pessoa novamente. Simplesmente todas as luzes da casa se apagaram, e, instantaneamente o chuveiro ficou gelado como a morte (ui!).

Gritei para a diarista, perguntando se havia acabado a luz em toda a casa, ou se só do banheiro, e, para a felicidade geral da premiada aqui, ela respondeu que a casa toda estava às escuras.

Imediatamente, comecei a congelar mais que picolé no Polo Norte, e desesperadamente liguei para a Copel (companhia de energia do Paraná), que demorou horrores pra me atender, ao que eu ia ficando mais e mais tomada pela hipotermia e pelo desespero dentro do box.

Ouvindo aquelas odiosas gravações, me veio um "plim", e eu solicitei que a diarista fosse até o quintal verificar se a chave-geral da casa havia desligado, embora ainda me recusasse a aceitar que a fiação elétrica da minha casa fosse tão velha a ponto de não aguentar um ferro de passar e um chuveiro ligados ao mesmo tempo. Mas é.

Eis que, quando o rapaz da Copel finalmente me atendeu, eu perguntei se havia problemas de luz na região — isso tudo não sem passar pelo constrangimento de ter de explicar a ele que não podia verificar o código da minha conta de luz pois havia sido interrompida em pleno banho, e portanto estava nua e molhada falando com ele, óbvio. Ah, e ao celular, pois o telefone da minha casa é sem fio e, por conseguinte, não funciona sem luz também!. Ao que ele respondeu negativamente — também após ter de confirmar uma série de dados, pois eu não tinha o maldito código em mãos —, a diarista religou o disjuntor-geral e a luz voltou.

Para não passar ainda mais vergonha, fiquei falando com o moço na linha enquanto ele me explicava algumas coisas, depois de a luz ter voltado, disfarcei e disse pra ele que depois eu olharia na chave-geral da casa para ver se era isso mesmo o problema — queda por sobrecarga —, pois naquele momento eu obviamente não tinha condições, e se fosse o caso ligaria novamente.
Depois de quase morrer congelada, e ainda pelada, o que seria obviamente constrangedor se alguém me encontrasse morta no banheiro, terminei meu banho na velocidade da luz, com medo de uma nova "surpresa" desagradável... e aqui estou eu, rezando, implorando, pedindo a todos os santos, para que nada mais de inusitado aconteça hoje.

memories

Desligo o computador. Leio mais algumas crônicas do livro do Jabor (Amor é prosa; sexo é poesia). Olho para o cabideiro e os rabiscos atrás da porta do quarto. Velhos acessórios me remetem a tempos passados.

Um pedaço da minha história.


Em branquinho, caneta piloto e lápis de olho, estão lá os nomes de algumas das minhas bandas favoritas de alguns anos atrás. Tem também recadinhos de algumas amigas. Tudo ali registrado.

Várias vezes já pensei em lavar essa porta, raspar tudo e passar tinta nova, dando assim um aspecto mais higiênico ao ambiente. Mas ainda não tive a devida coragem de apagar essa pequena recordação.

Vejo ali pendurado também um cinto preto de tachinhas... ele combinava tão bem com o meu All Star no auge da minha adolescência! E também me traz muitas recordações!

Também noto que há muitas bolsas penduradas. Cada uma delas me acompanhou por certo tempo, em determinadas jornadas da minha vida. Carregaram vários objetos, como os cadernos da faculdade (e ainda da época do colégio!), estojos cheios de canetas coloridas, documentos e chaves, celular... e carregaram comigo minhas angústias, dificuldades, frustrações e conquistas.

Todas (as bolsas) foram aposentadas por invalidez ou tempo de serviço — ou ambos. Mas não consigo me desfazer delas. Minha mãe vive me pedindo para fazer uma "limpa", doar as coisas que não uso mais. Mas tenho esse péssimo defeito de guardar — e por que não dizer colecionar — coisas. A maioria não serve para nada. Mas digamos que eu me sinta mais "segura" e mais conectada comigo mesma assim.

Para tudo, levo certo tempo até ter coragem de eliminar. Eu chamaria de período de desapego.

Hoje percebo que tem sido assim com as pessoas também. No começo, eu sofro, mas depois vai passando o tempo, e eu me desapego das pessoas. Algumas me dão fortes motivos para isso, e aí é mais fácil — exceto quando eu não quero me distanciar de alguém, mas às vezes é inevitável.

Quem sabe uma parte das velhas bolsas, cintos e pessoas ganhem finalmente um destino... hoje, ou qualquer hora dessas.

O inferno é aqui

Religião à parte, não acredito que, depois que morrermos, seremos classificados conforme nosso comportamento na Terra. Os bonzinhos para o céu, os pecadores leves passam uma temporada no purgatório, para pagar seus pecados, e depois vão para a companhia dos anjinhos, e os muito malvados vão direto para o inferno.

Acho que, de alguma maneira que não sei explicar, já estamos todos no inferno mesmo. Ou então, que o purgatório e o inferno são aqui, e cada qual cumpre sua pena ao mesmo tempo em que comete os pecados. E o céu... ah, esse é lenda!

Não é querer me fazer de vítima, nem nada, e não que eu seja uma pessoa muito boazinha e de alma generosa, mas muitas vezes tenho a sensação de estar pagando meus pecados antes mesmo de cometê-los.

Porque não dá para entender o tanto de situações infernais que eu sou obrigada a encarar dia após dia...

A minha conduta é muito simples. Eu sempre procuro fazer o melhor que posso, tanto no trabalho, quanto na vida pessoal. Nunca tenho como objetivo prejudicar ninguém, mesmo que essa pessoa mereça — ao meu ver. Eu levanto a cabeça e penso: "a vida cuida".

Só que mesmo ficando na minha, tentando, aos trancos e barrancos, cumprir minhas tarefas da melhor forma possível e, de quebra, não interferindo na vida alheia, ainda assim não é suficiente.
Se eu acreditasse em reencarnação, juraria que na vida passada eu fui um carrasco daqueles que torturava escravos impiedosamente, com sede de sangue e sádico por dor.

Puta que pariu... Desculpem as palavras, mas está difícil não desembestar a gastar todo o meu repertório de palavrões...
 
Lição do dia: não precisa estudar muito, só saber ser puxa-saco. Aí, você pode chegar a cargo de chefe e quase literalmente cagar na cabeça dos seus subordinados, principalmente se você perceber que eles têm uma visão das coisas um pouquinho melhor que a sua... Então, para não ser humilhado pela falta de conhecimento, humilhe-os com a sua arrogância. Simples.

O chá

Se eu fosse uma estudiosa do assunto, poderia formular uma tese. O chá pode ser comparado às famosas poções do amor que as feiticeiras vendiam aos pobres não-correspondidos, pois possui propriedades tão apaixonantes que parece mentira se estar escrevendo isso em pleno século 21.

Obviamente, não estou falando da bebida chá, do Matte Leão vendido em práticos saquinhos. Refiro-me ao chá de cama, ou, em outras palavras, ao chá de boceta e ao chá de pica.


Pode parecer uma forma vulgar de se falar do assunto, mas acredito serem estes os termos mais fiéis à realidade.


Eu aposto que você, leitor, conhece um caso típico do chá.


Aquele cara super gente boa, educado, simpático, lindo, divertido, sonho de consumo de muitas garotas, que costumava deixar pobres corações femininos despedaçados por onde passa, pois nunca se apegava.... de repente, aparece namorando. E apaixonado.


Mas, inveja à parte, você nota que a felizarda não possui sequer uma qualidade tão forte a ponto de conquistar um rapaz como aquele...


Pode ter certeza de que ele foi mais uma vítima do implacável chá.


Eles brigam, choram, disparam uma série de insultos um ao outro. Mas o chá é tão bem dado que ele pensa estar apaixonado.


O mesmo vale para as mulheres. Um chá de pica bem aplicado pode fazê-las sofrer tanto quanto as mocinhas das novelas das oito, que devem dar muito lucro à Kleenex, gastando uma caixa de lenços por semana.


E o chá tem efeito duradouro. Ele parece amor. Suas vítimas não percebem — por um bom tempo — que foram acometidas pela maldição do chá.


E tem outro agravante: não há idade. Um quarentão pode sofrer os efeitos colaterais do chá tanto quanto um jovem recém-desvirginado. E eu já vi até famílias serem destruídas por um "inofensivo" chazinho.


Para piorar, não existe antídoto para o chá. E nunca se sabe quando você pode ser vítima dele. Algumas pessoas parecem ter uma certa imunidade, mas não existe garantia.


Também não conheço pesquisas científicas sobre o assunto, mas Freud deveria saber explicar...

Pessoas inconvenientes

Há tempos não escrevo aqui, né, mas hoje vim tratar de um assunto muito sério: pessoas inconvenientes. Que atire o primeiro chiclete a primeira pedra quem não convive com uma.

Hoje foi o dia em que, antes mesmo de eu acordar, os enviados de Murphy decidiram: vamos perturbar a Jean até a "grande" paciência dela se esgotar.

Pois é, e conseguiram.

Só para explicar: eu sou uma pessoa altamente irritável, não gosto de gente metida a engraçadinha, ou que se acha no direito de fazer piadinhas sem ter intimidade, ou qualquer coisa do tipo.

Bom, para começar, uma mulher muito mala sem alça sem desconfiômetro foi almoçar lá em casa hoje — sem ser convidada, é claro. É que ela é manicure e atende a domicílio. Antigamente, minha mãe e eu costumávamos nos valer dos serviços, dela, mas a porquice a falta de qualidade do trabalho dela nos fizeram mudar de manicure/depiladora/etc. Só que ela se acha amiga, sabe como é? Então, de vez em quando, ela resolve passar lá em casa "despretensiosamente" exatamente no horário em que ela sabe que minha mãe está pondo o almoço na mesa. Mas, como se não bastasse, ela se acha da família. Se intromete nos assuntos, fica perguntando da minha vida — coisa que eu odeio —, entre outras manias insuportáveis.

Ok, livrando-me da intrusa, vim trabalhar. Chegando aqui, outro enviado de Murphy fez questão de esgotar os últimos pingos da minha paciência. Quem já me lê há um bom tempo deve se lembrar do chato que ficava fiscalizando se meu carro estava bem lavado. Pois bem, esclareço que não foi uma situação isolada. Essa pessoa parece ter prazer em me irritar. Se eu desenvolver uma úlcera nervosa, vou mandar a conta do médico para ele.

Então, vamos chamar esse meu amigo de Gugu (qualquer semelhança com o apresentador é mera coincidência). Hoje, chovendo, chego ao trabalho e, como qualquer pessoa normal, digo "boa tarde" a todos que estão no recinto, de forma genérica mesmo. Mas ele, que adora me importunar, de vez em quando resolve achar que tem direito a cumprimento exclusivo. Todas as pessoas normais responderam, e, após o recinto silenciar, ele resolveu disparar:

Boa tarde, JEAN GREY. (Assim mesmo, dizendo meu nome completo)

Óbvio que eu, com toda essa paciência que Papai do Céu me deu, não deixei por menos.

Eu já disse boa tarde, você não ouviu?

Não ouvi.

Não tenho culpa.

Cri cri cri...

Bem, só para explicar, antes que vocês me achem uma grossa, insensível, sem paciência, de TPM constante, etc., saibam que o Gugu ADORA me pentelhar. Ele faz de propósito. E aí entra uma série de atitudes inconvenientes e irritantes, como — pasmem! — mexer na minha bolsa; ficar observando e comentando sobre quantos pães de queijo eu como; reparar em detalhes a que, supostamente, os homens não se atêm, só para me pentelhar, como se as minhas unhas não estão feitas ou na bota que estou usando...

Francamente... merece umas patadas! Paciência tem limite. E a minha é mais ou menos do tamanho do cérebro da Carla Perez.

O segredo é reciprocidade!

Reciprocidade. Essa palavrinha aparentemente tão complicada, que na prática é mais complicada ainda, é a chave de tudo, na minha opinião.

Ultimamente, minha vida tem passado por uma série de mudanças - um dos motivos, inclusive, para o meu "desaparecimento" do blog. Algumas dessas mudanças têm sido dolorosas, mas quero acreditar que as coisas acontecem por uma causa maior, e que no fim tudo se ajeita.


Eu sei que muitas das soluções, inclusive, para os meus problemas, deverão partir somente de mim, e requererão uma dose extra de sacrifício, mas acredito que vai valer a pena.


Mas tem certas coisas que já esgotaram a minha parcela de esforços, e acho que só o tempo dirá.


Semana passada, tomei uma atitude difícil. Praticamente encerrei uma amizade de não sei quantos anos. É, não que eu tenha encerrado, mas disse a essa amiga minha muitas coisas que estavam engasgadas, e ela não teve a decência de me procurar de volta para conversarmos.


Simplesmente ignorou.


O que me dói não é apenas me afastar de uma pessoa de quem eu gostava muito, mas sim saber que essa pessoa não teve um pingo de consideração por mim. Durante anos eu a apoiei, fui seu ombro em incontáveis ocasiões, muitas vezes, a única amiga de verdade que ela tinha.


Mas, num dado momento, ela conheceu pessoas novas. Tudo bem, talvez essas pessoas sejam divertidas e menos compromissadas que eu, e portanto podem sair a qualquer dia da semana e voltar à hora que querem - ou pelo menos não terão de arcar com consequências tão complicadas quanto as que eu teria se agisse com tal irresponsabilidade.


Tudo bem que elas são solteiras, livres, desimpedidas e de reputação duvidosa - o que, ao ver dela, deve emanar uma sensação de liberdade que ela não conhecia.


Ok. Mas daí a me excluir da vida dela, omitir as coisas de mim e por vezes até mentir, tudo para provar sua superioridade? Para mim foi demais. Uma de suas melhores amigas querendo te dizer a todo momento que é melhor e mais gostosa que você às vezes cansa. Não que eu queira ser melhor que ela. Justamente o contrário. Detesto essa competitividade que habita a personalidade de tantas mulheres.


Bem, aquele e-mail ficou sem resposta. E eu, então, deixo estar.


Fiz a minha parte. Aliás, acho que até mais, visto que a amizade sempre foi algo bem unilateral, pois ela não tinha comigo a mesma paciência, compreensão e suporte que eu tinha com ela. Mas nós nos divertíamos.


Bem, por mais que seja difícil, eu tenho agido assim ultimamente. Não corro atrás de pessoas que não me dão a mínima. Quando eu era adolescente e bem insegura, eu até engolia alguns sapos, suportava coisas insuportáveis, tudo em nome da tal amizade. Mas se a pessoa nunca está lá para te ajudar, por que você tem que ajudá-la? Acho que não tem sentido, não é mesmo? Isso, então, não é amizade, é carência, ou dependência.


Enfim... minha postura tem sido essa: se eu tiver uma e apenas uma amiga no mundo inteiro, mas ela for sincera e leal comigo, então estarei satisfeita. Porque ter uma amizade de verdade é algo bem raro, e bem melhor que inúmeras amizades "de balada". E acho que sou uma pessoa de sorte, porque tenho bem mais que isso.

Obs: prometo que responderei a todos os comentários e voltarei a comentar nos blogs dos amigos... mas é que, de fato, ultimamente as coisas andam difíceis por aqui.

Decepção

Há dias eu queria voltar a postar aqui. Pensei em diversos assuntos que eu poderia abordar de forma divertida, interessante, mas nada me ocorreu.

Mas, eis que hoje eu venho aqui para me lamentar.

Sim, lamentar.

Hoje, passei o dia todo com um nó na garganta. Com uma tristeza profunda. Com uma dor imensa dentro de mim.

Ontem, o nosso respeitabilíssimo Supremo Tribunal Federal acabou com a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Na prática, isso é um tremendo desrespeito. Desrespeito com todos aqueles que, como eu, dedicaram quatro anos de suas vidas à realização de um sonho, aos estudos com todo o esmero possível em busca de ser um bom profissional, de fazer a diferença na própria vida e na vida das outras pessoas.

Os ministros do STF, ao derrubar essa exigência, pisaram nos estudiosos da comunicação, nos professores, nos tantos universitários que querem aperfeiçoar-se.

Engraçado como os representantes do órgão máximo da "Justiça" brasileira demonstraram tamanha desinformação e menosprezo por uma das profissões mais importantes atualmente.

Uma decisão como esta certamente acabou com os sonhos de muita gente, que assim como eu, pensava em se especializar, em estudar mais e mais, em seguir uma carreira respeitável.

Hoje, sinto como se quase todos os meus planos de vida tivessem desmoronado. Não tenho mais motivação alguma para buscar uma pós-graduação, quem sabe mestrado ou doutorado. Para quê? Se amanhã qualquer semi-analfabeto que terminou o Ensino Médio aos trancos e barrancos pode se auto-intitular jornalista?

Para que meu pai investiu tanto dinheiro e eu empenhei tanto esforço e suor numa faculdade que agora é a mesma coisa que nada?

Como é que se levanta de manhã para trabalhar motivado, se corremos o risco de perder as poucas conquistas que temos... que são um piso salarial meia boca e uma jornada de trabalho de cinco horas diárias?

Hoje, graças a essa decisão descabida, eu não duvido que muitos donos de empresas de comunicação prefiram trocar boa parte do seu quadro de jornalistas por qualquer bando de zés-ninguéns que, por saberem malemal assinar o nome, aceitarão trabalhar por uma mixaria. Mas eles poderão assinar as matérias.

Uma conquista que eu levei quatro árduos anos para alcançar: ter meu nome nas páginas do jornal, acima de uma matéria de minha autoria, fruto da minha capacidade intelectual, somatório de conhecimentos acumulados, de estudos, de trabalhos, de noites mal dormidas, de estágios mal remunerados, de dores nas costas e do sacrifício do meu pai em pagar a mensalidade.

Eu sei que pode parecer que estou perdendo o foco, ou dramatizando a situação... mas imaginem se fosse com a profissão de vocês. Imagine se qualquer um que sabe "fazer contas" pudesse ser considerado administrador, ou contabilista. Se qualquer um que lesse por conta própria um Código Penal pudesse ser advogado. Se qualquer um que desenha bem pudesse ser arquiteto sem a devida formação. Se qualquer pedreiro pudesse se auto-intitular engenheiro civil. Já imaginaram?

Ao contrário do que muitos pensam, escrever não é fácil. Escrever é complexo. Conhecer as regras de gramática é uma tarefa árdua. Saber organizar as frases, concatenar as ideias, escrever de maneira coerente e coesa não é para qualquer um. Desculpem-me se pareço arrogante. Mas não é para qualquer um. Não basta ter dom.

Jornalismo é, sim, técnica, padrão, estudo, ciência.

Jornalismo é coisa muito mais séria que alguns cabeças-de-abacate pensam. Não é fácil colher as informações e traduzi-las de forma que todos que leiam entendam. Isso que estou apenas citando o meu caso, de repórter de jornal impresso. Sem contar os de televisão, que precisam ter um texto atraente para o telespectador, e ainda se preocupar com as imagens que casarão perfeitamente ao texto. E ao jornalista de rádio, que precisa passar sua mensagem de forma clara, sucinta, e ao mesmo tempo fazer com que seu ouvinte consiga visualizar a notícia, ter a dimensão real do fato.

Não vejo demérito nenhum do jornalista em detrimento a um médico, engenheiro, advogado, dentista, e tantas e tantas outras profissões. Todas são igualmente importantes, cada qual no seu segmento, cada uma complementando a outra. Mas é preciso saber respeitar as peculiaridades de cada uma.

Não se iludam. Esse papo de "liberdade de expressão" é a maior balela que eu já ouvi na minha vida. Hoje em dia qualquer um pode tornar públicas suas ideias. Os blogs e diversas outras ferramentas estão aí para isso. Jornalismo é diferente. É acima de tudo um serviço à população.

Quero fazer pequenos comentários abaixo sobre os absurdos, os dispautérios que os ministros, pessoas de notável sapiência, disseram, ao tentar justificar sua decisão ridícula, patética, e vergonhosa:


Relator do processo, o presidente do STF, Gilmar Mendes, concordou com o
argumento de que a exigência do diploma não está autorizada pela Constituição.
Para ele, o fato de um jornalista ser graduado não significa mais qualidade aos
profissionais da área. “A formação específica em cursos de jornalismo não é meio
idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros.”


Pois é. A graduação, de fato, não garante a qualidade dos profissionais. Mas em nenhuma profissão, não apenas no jornalismo. Agora, se com diploma exigido vemos tantos pseudo-analfabetos por aí sendo jornalistas, imagine agora, com essa liberação incabível.



Os ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso de Mello seguiram o voto do relator. Único a votar pela exigência do diploma, Marco Aurélio Mello disse que qualquer
profissão é passível de erro, mas que o exercício do jornalismo implica uma
“salvaguarda”. “Penso que o jornalista deve ter uma formação básica que
viabilize sua atividade profissional, que repercute na vida do cidadão em
geral”, argumentou Mello.

Ministro Marco Aurélio Mello, o senhor foi o único sensato nas suas declarações.



Em seu voto, Gilmar Mendes sugeriu que os próprios meios de comunicação exerçam o mecanismo de controle de contratação de seus profissionais. Ele comparou ainda a profissão de jornalista com a de chefe de cozinha. “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional
registrado mediante diploma de curso superior nessa área”, comparou.

Para mim, está muito óbvio que aí tem rabo preso com os donos dos meios de comunicação. Era tudo o que eles queriam. Agora, eles podem demitir quem eles quiserem, se livrar dos formados, e adquirir mão-de-obra barata. Não tão boa, mas quem está preocupado com a qualidade da informação? Pelo jeito, ninguém.

Quando a essa comparação do cozinheiro, eu acho que ela vem bem a calhar. Um chef de cozinha pode até não precisar necessariamente ser formado em uma universidade, mas os melhores são aqueles que buscam o aperfeiçoamento profissional sempre. Ou você não teria medo de comer uma comida feita por uma pessoa que não sabe a diferença entre champignon e cogumelos tóxicos? A informação também pode ser um fino champignon ou uma ramaria.

“O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no
âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade
do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à
saúde e à vida dos consumidores”, acrescentou Mendes, que disse acreditar que a
decisão desta quarta não vai contribuir para o fechamento de faculdades de
comunicação social.

E o excelentíssimo presidente do Supremo sai disparando mais besteiras... Eu mesma, se ainda estivesse na faculdade, largaria já. Afinal, para que eu vou me dedicar tanto se existe uma população inteira de concorrentes sem o menor preparo?

Entre estas e outras barbaridades, as afirmações foram tão repugnantes, que nem parecem de membros da suprema corte, detentores de tanto conhecimento.

Acho que eles não sabem a diferença entre articulista de jornal, colunista, e repórter... E agora, ficará menos evidente ainda, pois algumas pessoas sequer têm um nome a zelar.

Relacionamentos saudáveis

Sinto-me no direito de escrever sobre relacionamentos saudáveis, não apenas por ter um, mas porque acredito que este é um assunto nunca suficientemente debatido.

Muitos fantasiam acerca de um relacionamento perfeito. Mas, sinto informar, isso não existe. O que existe são relacionamentos saudáveis e relacionamentos prejudiciais. Cabe a cada um de nós avaliar seu próprio namoro, casamento, etc., e chegar à conclusão se o relacionamento está fazendo bem, acrescentando algo à nossa vida, ou se está desgastado e mais dando dor de cabeça do que alegrias.

Contudo, alguns sinais são cruciais no momento em que se avalia se estar com uma pessoa é bom ou ruim para ambos. Em primeiro lugar, quero esclarecer que até mesmo o melhor dos relacionamentos tem brigas. Sim, discussões e discordâncias são inerentes ao ser humano, e é impossível duas pessoas que vivem juntas jamais terem uma desavença sequer e pensar e agir exatamente igual em todas as situações.

Ainda assim, existem graus de brigas e formas de discussões. Na minha cabeça, um namoro que tem mais brigas que momentos felizes nunca será saudável. Um casal que passa mais horas discutindo o relacionamento e chorando (ou se ofendendo) do que falando baboseiras e rindo junto não pode dizer que se dá bem.

Eu sei que devo estar sendo criticada mentalmente nesse momento por quem me lê, mas estou apenas dizendo a mais pura verdade, nua e crua. Acho um ultraje pessoas que insistem em relacionamentos falidos, cheios de desavenças, desespero, brigas com gritos e palavras de baixo calão. Para mim, isso é simplesmente “dar murro em ponta de faca”.

Não vou dizer que nunca tive um namoro assim. Tive, sim. Brigávamos 24 horas por dia. E o relacionamento durou menos de dois meses. Mas conheço gente que namora desse jeito há anos. E Aí eu me pergunto: “por quê?”.

Mas não sei a resposta, para ser sincera. E acho que nem eles mesmos sabem.

Mas, voltando aos relacionamentos saudáveis. É extremamente imprescindível (redundância?) a sinceridade e transparência desde o começo. Parece óbvio, eu sei. Mas analisando profundamente, vemos que não é.

Explico.

Muita gente começa um relacionamento baseado em aparências. “Tenho que me comportar e cuidar com o que vou falar, não posso expressar minhas opiniões tão rápido assim. Vai que ele/ela se assusta”. Completamente errado. Você pode e deve ser você mesmo desde o começo. Assim, se a pessoa gostar de você, será pelo que você realmente é, e não por um personagem que você criou. Porque, acredite, nenhum personagem dura muito tempo. Logo você mostra seu verdadeiro “eu”, e aí pode desagradar.

Assim começam muitas das brigas dos relacionamentos. “No começo você era assim, agora você é assado!”. Já ouviu um caso assim? Pois é.

Todo mundo tem que ceder, sim. Ambos os lados precisarão abrir mão de algo em dados momentos. Mas isso não significa aniquilar-se e fazer apenas as vontades do outro. Desse jeito, uma das partes estará sempre infeliz, ou acabará se perdendo de si mesmo ao longo do tempo.

Compreensão é fundamental, mas personalidade e opinião também.

A melhor coisa em um relacionamento é você poder ser você mesmo. Poder falar as suas piadas sem graça, poder debater assuntos sérios e expor sua opinião. Ter liberdade para falar dos seus sentimentos. Rir e chorar. Permitir-se cometer um erro e saber que será compreendido. Ter com quem desabafar. Poder contar seus segredos mais íntimos. Não ter medo de parecer ridículo. Não ter medo de pedir um carinho. Nem de fazê-lo. Não ter vergonha de dizer palavras bonitas, ou bregas, mas que vêm do seu coração. Espontaneidade é a chave de uma convivência saudável.

E reafirmo, não falo isso só porque hoje eu sei que sou completamente realizada no meu relacionamento. Fiquei sozinha por muito tempo, e sempre pensei da mesma forma: se for para ter alguém que só me faz sofrer, prefiro ficar sozinha.

Relacionamento é bom até o momento em que está te fazendo bem. A partir de quando começa a fazer mal, é hora de rever seus conceitos e sua vida.

O principal aspecto de um relacionamento saudável é que, nele, os dois sempre ajudarão um ao outro a melhorar, não importa como. Atitudes egoístas e ciúme exagerado nunca farão nem o relacionamento nem o casal progredir. Muitas vezes, abrir mão de um momento juntos é uma prova de amor. Se seu namorado ou sua namorada tem um trabalho importante da faculdade para apresentar e precisa se dedicar para prepará-lo, cabe a você compreender que ele/ela precisa de um tempo para isso. Fazer birra e cobranças não ajudará em nada. Ao contrário, incentive o seu par a se dedicar aos seus afazeres, e ofereça ajuda, sempre que você puder ser útil. Mas não force a barra. Principalmente se você pensa em ter um futuro ao lado dessa pessoa, analise: que tipo de marido/esposa você quer ao seu lado? Um fracassado ou um bem-sucedido? Não é questão de ser dinheirista, é uma questão óbvia. Além do mais, você não quer alguém jogando na sua cara que não estudou ou que recusou um emprego melhor por sua causa, não é?

A individualidade de cada um precisa sempre ser preservada. É claro que, em um relacionamento, vocês passarão a compartilhar muitas coisas, mas não significa que vocês tenham que viver um a vida do outro.

Outro indicativo muito simples sobre se o relacionamento vai bem ou mal é a vontade de estar com a pessoa. Você tem vontade de ficar junto, ou acha que isso é obrigação dos casais? Você se sente de fato mais feliz ao lado dessa pessoa, ou está simplesmente acostumado?

Por hoje é “só”. Acredito que este post vai ter continuação.

Prêmios!!!

Gente, como eu sou relapsa! Perdoem-me. Mas, já dizia o velho deitado ditado: "antes tarde que nunca".

Então, venho me redimir e postar hoje nada menos que dois premiozinhos que ganhei das queridíssimas Sah, do Coisas e Coisinhas, e da Mel, do Avulsilidades Cotidianas.

O primeiro é o selinho Violeta, que é concedido ao blog que possui alguma das sensações da cor, como magia, encantamento, graciosidade, magnetismo, e tudo aquilo que parece mágico!

Fico extremamente honrada, e seguem abaixo as regras e a minha parte no "trato"!

Quem recebe este prêmio deve:

- Exibir o selo "Violeta" no seu blog com as regras.
- Indicar quantos blogs você quiser, que você considera violeta.
- Avisar os indicados. Não se esqueça disso!
- Escreva dois poderes mágicos que você já imaginou ter e ficou horas planejando o que faria se os tivesse.


Gente, vou falar a real. Se eu tivesse poderes mágicos, unzinho que fosse, não ia prestar. Mas, anyway, eu gostaria de poder parar o tempo, como o Hiro Nakamura do seriado Heroes (para quem nunca assistiu, recomendo), e ler mentes, como a própria Jean Grey encarnada da Fênix.

Se eu pudesse parar o tempo, acho que conseguiria aproveitar melhor certos momentos que são únicos... acredito que isso não precisa de explicações longas.

E se eu pudesse ler mentes, quem sabe eu deixaria de me decepcionar tanto com as pessoas, pois mesmo tendo um senso crítico muito aguçado, ainda me deixo enganar por falsidades vez ou outra. É isso aí.


Agora, vamos ao segundo presentinho.

First, as regrinhas:

1. Exibir o selinho em seu blog.
2. Postar o link do blog que te indicou.
3. Listar 5 desejos de consumo que a deixariam mais glamourosa.
4. Indicar 10 amigas glamourosas e avisá-las que foram escolhidas.

Bom, tem algumas coisinhas que me deixariam muito glamourosa... vamos lá:

1. Um Porsche Carrera GT, porque ninguém é de ferro.


2. Uma humilde residência com um pouco de luxo e conforto.


3. Um casaco chiquetésimo para as ocasiões especiais.

4. Uma bota vermelha envernizada e de salto bem alto.

5. Um pouco de charme. Poderia ser o da Angelina Jolie.



Obs: Sonhar não mata!



Agora, vou listar os meus indicados... deixo à vontade para cada blog escolher o prêmio que quiser, ou ambos...

Vamos lá!

Coisas e Coisinhas

Life is a drag

Avulsilidades cotidianas

Rose, a Rosa

386 pontos

Cansada de ser boazinha


Então, é isso aí.

Carência

Ainda incorporando o espírito terapeuta sentimental barata, estive refletindo sobre a carência.

A carência é o grande mal da humanidade. Nós, animais irracionais que somos, guiados na maioria das vezes apenas pelo coração, e raramente pela razão, nos deixamos cometer atitudes ridículas por pura carência.

O primeiro sintoma de carência crônica é o ataque de estrelismo. Pessoas que fazem de um tudo para aparecer nada mais são que carentes incuráveis. Atualizações do orkut de hora em hora, nicks melodramáticos no MSN, ou pior, frases clichês, do tipo "não trate como prioridade quem te trata como opção". Tudo carência, solidão.

Mania de chamar todo mundo de "amigoooo"; "miga"; "miguxo"; "amor"; etc. Esse puxa-saquismo exagerado é pura falsidade e, novamente, carência, vazio.

Câmera fotográfica sempre à mão. Seja para um passeio no shopping ou no trabalho. Crise de "tenho que fotografar tudo para mostrar como minha vida é badalada".

Excesso de vaidade, como uma hora de maquiagem todo dia, não sair de casa sem chapinha, ter que comprar roupas compulsivamente. Carência. Sentimento de que ninguém a achará bonita sem milhares de artificialidades.

Sorrisos forçados e necessidade de agradar a gregos e troianos. Falsidade e carência extremas.

Não saber ficar sozinha, em ambos os sentidos, inclusive no sentido de solteira; achar que todo homem que aparece é para a vida toda; achar que se "perder" esse, nunca mais vai encontrar ninguém. Preciso repetir o que é?

Por carência, pessoas traem, magoam, sofrem. Será esse um mal incurável?

Desisto

Embora eu deteste dar conselhos sentimentais, muita gente insiste em me fazer de terapeuta e me contar seus problemas referentes a relacionamentos amorosos e perguntar o que eu acho.

Até aí, tudo bem, eu sou boa ouvinte. E acho que até não sou tão ruim no quesito conselhos, porque sempre procuro analisar os dois lados.

Mas tem gente que me cansa. Tem gente que simplesmente não quer ser ajudada.

Explico.

Quando alguém me procura para conversar sobre seu rolo/ficante/namorado/noivo ou qualquer coisa que o valha, eu evito dizer frases radicais, como: "que filho da puta!"; "mete um pé na bunda dele!"; "acorda, você deve ser corna", e coisas semelhantes.

Mas, de maneira sutil, tento fazer a pessoa perceber certos sinais. Ou seja, tem gente que radicaliza demais. Ou por ser muito cego/tapado e achar que seu namorado/etc. é um santo, quando é um galinha, ou por achar que é um cafajeste -- quando também não é o caso. Então, de uma forma bem tranquila, eu procuro moderar as coisas, e não incentivar a pessoa a fazer uma tempestade em copo d'água, ou a tapar os olhos para tudo.

Tenho uma amiga que adora alugar meu ouvido (e olhos, pelo MSN) com as histórias mais repetitivas acerca dos caras com quem ela se envolve. Até pouco tempo atrás, ela namorava um cara muito sossegado, gente boa, de quem ela pegava no pé até fazer calo. Ela não deixava o coitado respirar.

Foi só terminar com ele -- depois de quatro anos de namoro --, e não deu meia hora para ela se envolver com um cara bem mais velho, de profissão típica de canalhas (sim, isso existe), e, pior, enrolado com uma suposta namorada há mais de 10 anos. Desde o começo, a história era toda muito esquisita. Mas ela jurava que tinha encontrado o príncipe do cavalo branco.

De maneira gentil, eu tentava mostrar para ela os "furos" nas coisas que ele falava. Eles estavam envolvidos há menos de um mês e ele jurava que ia terminar com a namorada (?) de 10 anos (o namoro, não a namorada) para casar com ela. Sim. Ele prometeu casamento e criar o filho dela. Suspeitíssimo.

Entre outras coisas, dizia que iria à casa dela conversar com a mãe dela, que estava apaixonado, enfim, todas essas frases de efeito supermanjadas, que todo homem usa para tentar levar uma mulher para a cama. E ela foi, inclusive muito depressa, para os finalmente com ele (que era só o que ele queria, óbvio).

Mas, apaixonada que estava, e se jogando de cabeça, acreditava em tudo que ele falava. Inclusive nas histórias mais absurdas que se possa imaginar. Chegou a brigar e enfrentar o mundo "em nome desse amor". Já estava quase a ponto de fazer o enxoval. Ok.

Eis que eu, em todo esse tempo, tentei alertá-la, de maneira educada -- e não como umas "amigas" dela por aí que só sabiam chamá-la de burra e coisas piores. Não que ela não seja, mas eu não falo isso na cara de uma amiga, pois existem formas mais inteligentes e menos agressivas de alertar uma pessoa.

Bem, o resumo da ópera é que, lógico, o cara não terminou com a mulher/namorada/sei-lá-o-quê dele, ficou 20 dias desaparecido, e depois resolveu ressurgir das cinzas (não como a Fênix, pois seria uma ofensa para nossa X-Girl), com um milhão de conversinhas moles novamente, tentando claramente fazê-la de otária.

But, that's my point. Ela, no momento em que ele foi conversar com ela, fez-se de durona, xingou, tentou humilhá-lo, tentou ofender, usou de todas as palavras mais ásperas que conhecia, e jurou nunca mais olhar na cara dele. E também tentou fazer com que eu acreditasse nisso. Logo eu, sua amiga de tantos anos, que a conheço tão bem, e nos últimos tempos já desci do salto e mandei ela acordar para a vida, que esse cara não valia um quilo de feijão carunchado. Mas beleza, é lógico que ela finge que ouve, mas não põe nada em prática (então não sei pra que diabos pede conselhos).

Mas, ocorre que, dois dias depois dessa suposta conversa de lavagem de roupas sujas, ela o encontra novamente numa festinha da tchurma. E adivinhem o que ela faz? Não, não ganha um doce quem acertar. Até porque é bem óbvio, né. Ficou com ele de novo.

Quer dizer, ela bota a maior banca, se faz de gostosona, diz que o cara é um filho de uma mãe de reputação duvidosa, que nunca mais na vida quer sequer ouvir o nome dele, e na primeira oportunidade ela se derrete de novo pelos seus encantos (?).

Agora, vocês hão de convir comigo: essa pessoa não tem mais jeito. Ou eu sou um fracasso como conselheira, ou ela é um fracasso como "pessoa que tem pelo menos um mililitro de amor próprio".

Mas o que fazer quando a pessoa acha que é a protagonista de uma história de amor-impossível-mas-que-no-final-dá-certo da novela das 8h?

What the fuck?

Quando eu penso que nada mais de esquisito pode acontecer comigo, Murphy me prova o contrário.

Só para avisar: estou correndo seríssimos riscos de vida (ou de morte, como preferem alguns).

Ocorre que a minha queridíssima diarista, que vai lá em casa todos os sábados, nesse final de semana deve ter fumado uma erva boa devia estar com algum problema muito grave que impedia sua concentração no trabalho.

Ao fazer a faxina básica, a anta coitada não encontrou a cera de passar no chão -- que por sinal estava guardada no mesmo lugar de sempre --, mas para garantir que o piso da minha casa ficasse brilhante, ela teve uma ideia mais brilhante ainda: passar lustra-móveis. Sim, lustra-móveis. No chão!!!

O piso da minha casa está mais liso que bagre ensaboado.

Isso é praticamente uma tentativa de homicídio. Sério. Porque eu não sei como eu ainda não me estatelei no chão, mais esparramada que batatinha quando nasce e bati a nuca, tendo morte instantânea.

Sem contar que lustra-móveis é bem baratinho, né?!

People suck.

Eu faço essa cara de quem acha tudo um saco, e é porque de fato eu acho mesmo. Dia após dia, o ser humano me decepciona mais e mais.

Odeio viver em um mundo onde só o dinheiro importa, onde as pessoas querem ser umas melhores que as outras e se acham no direito de pisar em quem quer que seja para alcançar seus objetivos.

Um mundo de pessoas vazias, fúteis e preocupadas apenas com a aparência e o status. Um lugar onde um não se preocupa em magoar o outro, e só quer saber de ser "diferente" e "original". Nada contra as pessoas que se destacam por sua personalidade ímpar -- o que, aliás, eu admiro muito --, mas tudo contra as pessoas que forçam a barra para tentar vender uma imagem do que não são.

Tudo que eu consigo sentir em relação a muitas pessoas é nojo. Não que eu me ache melhor que elas, não acho que sou melhor que ninguém, só que eu não admito arrogância e prepotência, complexo babaca de superioridade. Quando você morrer, vai apodrecer, assim como todo mundo. Assim como aquele porteiro do seu prédio de quem você nem olha na cara e mal sabe o nome. Assim como o motorista do ônibus a quem você sequer dá bom dia. Assim como aquela sua colega de trabalho de quem você ri porque a acha brega. Sim, do pó viestes e ao pó voltarás.

Hoje, ouvindo I am Mine, do Pearl Jam, fiquei refletindo sobre o egoísmo e o egocentrismo humano. A cada dia mais eu tenho a nítida impressão -- ou a certeza, arrisco dizer -- de que as pessoas só se preocupam com elas mesmas, com o que elas acham certo ou têm vontade de fazer. Ninguém mais quer saber se está desrespeitando o espaço alheio, se a sua atitude tem consequências maiores ou até mesmo graves para outras pessoas. Todo mundo compra máscara para não pegar a gripe suína, mas está se lixando para as crianças que morrem diariamente de fome e de outras inúmeras moléstias na Etiópia, por exemplo.

Sinceramente, cansei.

Inspiração

Eu dependo de inspiração para viver. Não apenas para trabalhar. Mas para viver.

A inspiração pode vir de qualquer lugar. De uma boa música, de um filme, de uma situação que aconteceu comigo (ou com outra pessoa, tanto faz).

Mas quando eu mais preciso, a inspiração me falta.

As palavras fogem. O desânimo se instala. A apatia parece me dominar. E assim tem sido com frequência.

E que o fim-de-semana cure todos os nossos males. Amém.

Apologias ridículas

Hoje lembrei da música do Nirvana, que diz "why sould I be all apologies?", e de certa forma eu me identifiquei. Eu sei que vai ter gente me odiando por causa desse post, mas eu quero apenas expressar minha opinião e como eu me sinto.

Dias atrás, li um post no blog do Felipe Neto, o Controle Remoto, em que ele reclamava do quanto nós, os heterossexuais, estamos sofrendo com uma inversão de valores, em que quem não apoia o homossexualismo é praticamente marginalizado nos dias atuais.

De certa forma, eu me sinto assim também na maioria do tempo, e em relação a diversas questões.

Hoje travou-se uma discussão aqui no trabalho a respeito da legalização da maconha. E eu vou dizer a real: eu sou contra. Sim, assim como eu adoraria que aprovassem de vez uma lei federal antifumo, a exemplo da lei estadual recentemente sancionada no estado de São Paulo.

E eu vou falar a real. Eu, como não-fumante, me irrito profundamente com pessoas fumando ao meu lado. Sim, fede. Sim, incomoda quem não fuma. Sim, arde o nosso nariz quando somos obrigados a inalar a fumaça do cigarro alheio. Porque quem fuma não se incomoda com uma pessoa não-fumante ao seu lado, afinal de contas, não estamos fazendo nada que disturbe a sua paz. Mas nós, não-fumantes, não temos escolha, respirar é inerente à nossa sobrevivência, portanto muitas vezes não podemos escapar. E quem é que SEMPRE tem que sair de perto nesses casos? Sim, nós, pois os fumantes não se tocam.

Eu acho um absurdo imenso que em determinados lugares fechados -- como baladas e afins -- ainda se possa fumar no interior, visto que a maioria tem ar-condicionado e, portanto, não ventila. Além de cigarro ser nojento, é uma questão de saúde. Você, fumante, inspira toda aquela toxicidade com filtro. Nós, sem. Vocês sabiam que 2% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes passivos? Ou seja, naquelas pessoas que, assim como eu, detestam cigarro, mas por conviver perto de fumantes, acabam sendo vítimas dessas porcarias todas contidas naquele rolinho pelo qual vocês pagam uma fortuna para autodestruir sua saúde (e a nossa).

O pior de tudo é que muitos fumantes são mal-educados. A atitude de sair para longe ao acender um cigarro deveria ser automática se você está perto de pessoas que não fumam. Queria ver se eu parasse do seu lado e começasse a peidar. Você não ia gostar, não é? Pois é.



Agora, entra essa questão da maconha. SUPONHAMOS que a maconha venha a ser legalizada e tratada da mesma forma que o cigarro. Eu me sentiria profundamente incomodada e desrespeitada se um maconheiro (ou maconhista), ou fumante de maconha, ou seja lá que porra de nome darão para os fumantes-de-maconha-legalizados, acendesse um baseado do meu lado no restaurante, no ponto de ônibus, ou em qualquer outro lugar. Eu não gostaria de chegar ao trabalho com aquele cheiro impregnado na minha roupa, e eu acharia tremendamente absurdo um colega de trabalho chegar à empresa chapado e fedendo a maconha. O cheiro do cigarro por si só já me incomoda. Imagina o seu colega de trabalho -- que sai para fumar a cada 15 minutos -- ir "dar um tapinha" no meio do expediente.

Como seria feito esse controle?

Não vou entrar no mérito do homossexualismo hoje, como eu citei no começo do post, mas é mais um tema que eu vou querer debater aqui mais pra frente.

Sobre essa questão da maconha, sinceramente, eu não vejo uma forma de isso ser feito sem transformar-se num transtorno até mesmo pior que o dos cigarros convencionais.

Desculpem-me os fumantes, eu não "odeio" vocês, até mesmo porque meu próprio pai é fumante, mas ele sabe muito bem o quanto eu reprovo esse vício dele, que, sim, é possível de largar.

O que eu quero dizer aqui, afinal de contas, é o quanto nós, pessoas "normais", estamos sendo a cada dia mais reprimidas numa sociedade hipócrita que vem tentando promover uma "igualdade" impossível. Eu não acho que sou retrógrada, talvez seja um pouco conservadora, mas eu não quero chegar ao ponto de ter de me trancar em casa por não ter mais opções para onde sair no final de semana sem ser incomodada pelo cigarro ou possivelmente pelo fedor (SIM, MACONHA FEDE A PODRE) de um baseado sendo queimado do meu lado.

Murphy me ama!

Eu sou premiada mesmo!
Gente, quando eu digo que Murphy me persegue, não é brincadeira.

Impressionada com a promoção da Oi, dos bônus de até R$ 600 por mês, propus ao meu namorado que comprássemos um cada. Ambos temos celulares da TIM, mas como nunca tem uma promoção que preste, resolvemos adquirir o chip Oi, pois assim poderíamos ser ligadores nos falar mais pagando menos.

Então, semana passada nos encontramos no Centro para ir atrás disso. Descontando o fato de que eu trabalho na puta que o pariu muito longe do Centro e que levei nada menos que 40 (LEIA-SE QUARENTA) minutos para conseguir encontrá-lo, no fim até que correu quase tudo bem.

Mas vamos fazer como Jack, e vamos por partes.

Eu só tenho uma hora de almoço entre um trabalho e o outro, e ele também. Mas detalhe que o meu horário de almoço é das 13h às 14h, e o dele é das 12h às 13h. Mas como eu tinha que ir ao banco pagar uma conta atrasada, saí mais cedo do trabalho de manhã, às 12h.

Consegui chegar ao Centro por volta de 12h30. Mas tive de parar no banco (onde eu tenho conta) para sacar dinheiro para pagar o carnê (em outro banco, muito, muito longe, e que por sinal só tem UMA fucking agência na cidade). Nesse meio tempo, tive que encontrar uma das moças da Zona Azul (estacionamento regulamentado) e comprar um cartão, voltar ao carro e colocar.
Ok. Feito isso, saco (que palavra feia!) o dinheiro e volto para o carro, para encontrar meu namorado onde havíamos combinado, para podermos ir ver a questão do chip.

Lógico que, perdida como sou, e com o trânsito infernal que estava, eu fiquei rodando durante uns 10 minutos até conseguir achar uma vaga para estacionar. E, é claro, a quilômetros de onde eu tinha que ir. E lá vou eu, com uma roupa super quente (porque de manhã tava um frio do caralho, e de meio-dia tava um puta dum calor, sabe?), caminhar aquela longa avenida toda a pé.

Beleza, quando cheguei ao local combinado, partimos para a loja da Brasil Telecom. Chip comprado, a orientação foi simples: colocar o chip num aparelho desbloqueado, discar *144 e digitar o CPF. Ok, parecia fácil. Mas bem que a vaca atendente da loja, se fosse um pouco mais simpática e bem disposta para atender os clientes, podia ter feito isso pra gente. Afinal de contas, tô pagano, né. Mas tá.

Com toda a demora, meu namorado nem pôde almoçar, e foi direto para o trabalho, e disse que depois faria um lanche. Beleza... e aí eu começo minha segunda peregrinação para pagar minha conta que havia vencido no dia anterior.

Chego ao banco, que fica numa puta duma subida, já morrendo, ofegante, e preocupada que a droga do cartão do estacionamento ia vencer logo. Então, antes de entrar no banco lotado, felizmente um funcionário muito simpático me atendeu e explicou que aquela fatura eu poderia pagar nos Correios (porque eu perderia muito tempo na fila do banco). Lá vou eu subir mais um pouco a ladeira para chegar aos Correios.

Então, finalmente consegui pagar minha conta, depois de alguma espera, claro — porque nada no Brasil se consegue fazer sem espera —, mas, para minha surpresa, tive de pagar DEZESSETE reais de multa, por UM dia de atraso. Gente, DEZESSETE REAIS. Pelo amor de todos os santos, com essa grana eu almoçaria a semana inteira!!!

Mas tudo bem. Não fosse o fato de que eu havia sacado o dinheiro praticamente contado para pagar a prestação, comprar o chip e me sobrar tipo uns 10 pila na carteira.

Então, lá vou eu cavocar todos os bolsos possíveis da minha bolsa e da minha carteira para pagar a maldita conta. Depois de quase pedir um empréstimo para a própria atendente dos Correios, consegui pagar a conta. Beleza. E aí volto praticamente correndo para o carro (que estava estacionado na PQP), já com medo de ter sido multada. Tudo isso no sol. Com roupa megaquente. Sem almoço. Na subida, porque aquela avenida é impressionante, na ida é subida e na volta também!

Depois de tudo isso, consegui chegar ao carro. Vim para o trabalho, e pedi um x-salada para almoçar. E tinham me sobrado 2 reais na carteira.

Se não fosse um colega me emprestar "cincão", não teria nem sentido o cheiro de comida naquele dia. Ok. Depois de alimentada, coloco meu novo chip no meu celular, que é desbloqueado. Mas quem disse que eu consigo ativar o chip? Li fóruns na internet, todos diziam a mesma coisa, mas no MEU telefone não funcionava. Testei em outros celulares de colegas. Nada. Liguei para um monte de números diferentes, do telefone fixo aqui, e nada.

No fim, só mesmo pelo 10314 consegui resolver meu problema (já fica a dica, caso algum azarado alguém venha a ter o mesmo problema que o meu). Mas antes disso, num número de atendimento da Brasil Telecom, o atendente me falou que aconteceu com ele a mesma coisa, e que além de mim, ele só conhecia mais UMA pessoa que passou pela mesma situação. Quer dizer, de 580 MIL pessoas que já adquiriram ou vão adquirir o chip, TRÊS foram premiadas com um chip que não era possível ativar pelo sistema mais simples. E eu era uma delas. Que maravilha.
Tudo isso sem contar que perdi umas duas horas mais ou menos tentando entender o porquê do meu chip não poder ser ativado, se uma colega minha disse que havia comprado e o dela ativou na mesma hora. É, meus queridos, certas coisas só acontecem comigo (praticamente).


Obs: mas agora eu já resolvi tudo e sou uma ligadora! Ahá!!

Academia

Até pouco tempo atrás, eu me sentia mal por ser uma pessoa sedentária. E até fazia piada com isso — embora não tenha nada de engraçado em subir uma escadaria e chegar ao topo ofegante. Eis que, então, incomodada com o "pneuzinho" a cada dia mais saliente ao redor da minha cintura, e incentivada pela minha mãe, resolvi começar a malhar.

Na verdade, também fui incentivada pelo fato de que tenho 22 anos e a disposição e a postura de uma sexagenária. Sabe quando você sente que seu corpo está travando e que você está ficando a cada dia mais contraída de tanto passar horas e horas em frente ao computador? Pois é. Essa vida "moderna" me fode.

Mas, voltando à academia. Obviamente, na minha avaliação física deu tudo péssimo. Resistência física muito fraca; flexibilidade muito ruim; excesso de gordura; e pouca massa muscular. Excelente.

Então, comecei. No início, foi aquela empolgação. As aulas de jump eram muito divertidas (embora a taquicardia me fizesse pensar que ia morrer, e meus joelhos doessem por pisar errado, e meus pés formigassem sabe Murphy Deus por quê).

A musculação também me parecia muito interessante. Quase pulei de alegria quando passei dos 10 quilos na adutora e abdutora (que eu fazia com muito custo) para 20 quilos, que eu passei a levantar tranquilamente. Uau. "Vou ficar gostosa", pensei.

Mas tudo que eu conseguia era ficar dolorida. Muito dolorida. Aos poucos, desisti do jump, pois ferrava meu joelho toda vez. Resolvi ficar só na esteira, bicicleta e musculação. Mas eu odeio a musculação para o braço, e então, nos dias em que eu tinha que malhar braço, geralmente eu faltava.

Sem contar que meu trabalho é meio complicado, porque volta e meia (dia sim dia também) eu saio mais tarde que o horário definido em meu contrato, e aí ficava muito tarde para ir para a cadimia. E além disso, passar a tarde toda sem comer me deixava um pouco sem energias para puxar ferro, sabecomé?

"Mas vai valer a pena. Minha perna parece até que está mais durinha", eu insistia.

Depois, encasquetei que o problema era a academia onde eu malhava. Fechava muito cedo para o meu ritmo de vida (que é não ter tempo pra nada), era pequena e os aparelhos estavam sempre todos ocupados, o que me desanimava, por ter de ficar esperando.

Ok, troquei de academia. "Uau, essa sim é boa. Fecha mais tarde, tem mais aparelhos, é grande", pensei. Não deu duas semanas e eu desisti de novo.

Cheguei a uma triste conclusão: o problema sou eu. Porque eu odeio, odeio, odeeeeeeeeeeio malhar. Odeio suar. Odeio levantar peso (porque dói pra caralho). Odeio ficar dolorida no dia seguinte. Odeio "perder" mais uma hora e meia do meu dia numa coisa que não me dá prazer e chegar em casa praticamente no horário de ir dormir, ou seja, não poder fazer nada que eu quero e gosto, só o que eu preciso.

O pior é que minha auto-estima não está lá essas coisas. Eu preciso melhorar minha postura, acho minhas pernas muito finas, a barriguinha de chopp já está muito saliente. Eu preciso emagrecer e ganhar condicionamento físico. Mas será que não podia existir um jeito mais facinho, não?! Tipo aqueles AB Toner, só que algo que funcionasse de verdade?

Porque eu gosto mesmo é de comer, de preferência alimentos nada light, como pizza, churrasco, batata frita, e a santa cervejinha. Será que estou fadada a virar uma obesa moribunda?

Fala na cara!

Eu admiro as pessoas que têm coragem de dizer o que pensam, doa a quem doer. Quem tira satisfações, não leva desaforo pra casa, diz o que merece ser dito. Diz aquela verdade que fica engasgada como uma espinha de peixe e dá um nó na garganta.

Admiro mais ainda as pessoas que sabem fazer isso sem magoar os outros. Mas até mesmo as que dizem e magoam.

Eu vivo me autocensurando, evito de dizer quase tudo que tenho vontade, por receio de magoar as pessoas, para evitar brigas, confusões, desgastes. Mas fico remoendo aquilo, ao custo de apaziguar uma situação muitas vezes insuportável, e quem sofre sou eu. Quem não dorme sou eu. Quem chora sou eu.

Dia das mães - protesto!

É, meus caros, o dia das mães está chegando. Se você é um filho desnaturado ainda não comprou nada para a sua querida progenitora, apresse-se.

Não, eu não sou uma vendedora das Casas Bahia. Muito pelo contrário. Hoje escrevo para dizer o quanto me revoltam essas "promoções" para o dia das mães.

Jogo de panelas; multiprocessadores de alimentos; faqueiros; geladeira; fogão; ferro de passar; liquidificador; lavadora de roupas; etc.

Quem the hell disse que isso é presente que se dê para a mãe? Por acaso a sua mãe é empregada doméstica? Não, sério, eu fico indignada com essas coisas.

Qual foi o espertalhão que ainda não percebeu que hoje em dia as mães são mais que donas-de-casa? A maioria das mulheres hoje trabalha, se sustenta, muitas vezes ganha mais que o marido, vive na maior correria, e de quebra ainda cuida dos filhos. E da casa também, sim. Mas não venha me dizer que é porque sua mãe estava precisando de um ferro novo. À PQP com um ferro novo.

As mães, assim como todas as mulheres, gostam de presentes que as façam sentir-se mais femininas, bonitas, inteligentes, valorizadas. E não um monte de tranqueiras domésticas.

Sua mãe está precisando de um liquidificador novo? Ótimo, só não compre isso de dia das mães para ela.

Que tal você experimentar levar sua mãe a um lugar que ela adora? A um restaurante gostoso? Ou então dar aquele presente com o qual ela vem sonhando? Uma bolsa, um sapato, um perfume, um livro, qualquer coisa, menos um fuckin ferro de passar, por favor.

Uma vez, um vizinho meu deu uma enxada de presente para a mulher no aniversário. O que você faria com uma porcaria dessas se seu marido te desse de "presente"? Capinaria o quintal? Desculpe, eu arrebentaria a cabeça dele. Mas credo.

Então, gente, está dado o recado. Sua mãe merece mais, muito mais. E até mais do que você pode dar, com certeza. Mas dê algo que a faça feliz, e não que vá atender principalmente aos seus interesses pessoais, ou aos da família toda. Domingo é o dia dela, só dela. Então, mime-a, e de preferência com um presente bem original. Fui clara?

Quente ou frio?

Se tem uma coisa que me tira do sério são mudanças bruscas de temperatura.

Mas não estou me referindo às mudanças meteorológicas, que também são um saco. Como diz o cara que fica puto, é uma merda quando num dia está um frio do caralho e no outro dia um puta dum calor. Prefiro ter um filho viado que um filho do departamento meteorológico.

Anyway, como não cabe a nós, meros mortais, querer mudar o clima — apesar de que o estamos mudando para pior, com toda a emissão de gases de efeito estufa e bla bla bla —, volta e meia utilizamo-nos de aparatos eletrônicos para tentar amenizar o nosso sofrimento com o calor excessivo, ou o frio, dependendo da região.

Como eu moro em Foz do Iguaçu, uma cidadezinha quente pra caralho capaz de fazer o próprio diabo achar o inferno um lugar fresquinho, ar-condicionado aqui não é artigo de luxo, é item de primeira necessidade. É verdade, no verão aqui os termômetros passam dos 45°C brincando.

Mas o que me irrita mesmo nisso tudo é gente exagerada. Ultimamente o clima até que anda bem agradável, sabe como é? Afinal de contas, é outono. Excluindo-se o fato de que manhã é bem frio e de tarde esquenta a lot, não é nada comparado com os terríveis verões que enfrentamos.

Pois bem. Eis que no meu trabalho tem uma certa senhora obesa e com pressão alta que sempre está morrendo de calor. Vejam bem, não é com calor, é morrendo de calor, desesperadamente, suando.

E como Murphy me adora, a mesa dela é em frente à minha. Mais precisamente, grudada à minha. E eu, como não tenho toda aquela camada adiposa como ela, sinto frio, como uma pessoa normal, especialmente com o ar-condicionado ligado no modo Polo Norte e voltado todo para mim.

Pois é. Hoje à tarde, por exemplo, o ar ligado na ventilação era mais que suficiente. Todos na sala estavam satisfeitos. Mas não, ela tem que começar a reclamar e a passar a mão na testa falando: "olha aqui, ó, eu tô suando". E a vontade de falar "whatafuck eu tenho com isso?", né?!

E aí, ela vai lá, e liga o ar no modo congelante, com o vento todo em cima de mim, só de mim — porque ela jura que não vai nela —, e acha que tá na razão. E isso acontece todos os dias.

Com isso, óbvio, eu já começo a nem conseguir trabalhar direito mais, né. Minhas mãos e meus pés começam a ficar congelados, aquele vento gelado na minha cara começa a me dar dor de cabeça, e até os meus papéis de anotação em cima da mesa chegam a se mexer, dado o vento que bate em mim.

Eu tenho uma raiva tão grande, mas tão grande. Detesto esse tipo de exagero. Parece que a pessoa nunca viu um ar-condicionado na vida. Além do mais, ela não entende que ar-condicionado foi feito para refrigerar o ambiente, não para fazer vento. Se ela quer vento, por que diabos não compra um ventilador de mesa, então? Ou um leque. Ou vai fazer um regiminho, né?! Me poupe!
Sou sempre eu mesma, mas não sou sempre a mesma!.
 
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