Prêmios!!!

Gente, como eu sou relapsa! Perdoem-me. Mas, já dizia o velho deitado ditado: "antes tarde que nunca".

Então, venho me redimir e postar hoje nada menos que dois premiozinhos que ganhei das queridíssimas Sah, do Coisas e Coisinhas, e da Mel, do Avulsilidades Cotidianas.

O primeiro é o selinho Violeta, que é concedido ao blog que possui alguma das sensações da cor, como magia, encantamento, graciosidade, magnetismo, e tudo aquilo que parece mágico!

Fico extremamente honrada, e seguem abaixo as regras e a minha parte no "trato"!

Quem recebe este prêmio deve:

- Exibir o selo "Violeta" no seu blog com as regras.
- Indicar quantos blogs você quiser, que você considera violeta.
- Avisar os indicados. Não se esqueça disso!
- Escreva dois poderes mágicos que você já imaginou ter e ficou horas planejando o que faria se os tivesse.


Gente, vou falar a real. Se eu tivesse poderes mágicos, unzinho que fosse, não ia prestar. Mas, anyway, eu gostaria de poder parar o tempo, como o Hiro Nakamura do seriado Heroes (para quem nunca assistiu, recomendo), e ler mentes, como a própria Jean Grey encarnada da Fênix.

Se eu pudesse parar o tempo, acho que conseguiria aproveitar melhor certos momentos que são únicos... acredito que isso não precisa de explicações longas.

E se eu pudesse ler mentes, quem sabe eu deixaria de me decepcionar tanto com as pessoas, pois mesmo tendo um senso crítico muito aguçado, ainda me deixo enganar por falsidades vez ou outra. É isso aí.


Agora, vamos ao segundo presentinho.

First, as regrinhas:

1. Exibir o selinho em seu blog.
2. Postar o link do blog que te indicou.
3. Listar 5 desejos de consumo que a deixariam mais glamourosa.
4. Indicar 10 amigas glamourosas e avisá-las que foram escolhidas.

Bom, tem algumas coisinhas que me deixariam muito glamourosa... vamos lá:

1. Um Porsche Carrera GT, porque ninguém é de ferro.


2. Uma humilde residência com um pouco de luxo e conforto.


3. Um casaco chiquetésimo para as ocasiões especiais.

4. Uma bota vermelha envernizada e de salto bem alto.

5. Um pouco de charme. Poderia ser o da Angelina Jolie.



Obs: Sonhar não mata!



Agora, vou listar os meus indicados... deixo à vontade para cada blog escolher o prêmio que quiser, ou ambos...

Vamos lá!

Coisas e Coisinhas

Life is a drag

Avulsilidades cotidianas

Rose, a Rosa

386 pontos

Cansada de ser boazinha


Então, é isso aí.

Carência

Ainda incorporando o espírito terapeuta sentimental barata, estive refletindo sobre a carência.

A carência é o grande mal da humanidade. Nós, animais irracionais que somos, guiados na maioria das vezes apenas pelo coração, e raramente pela razão, nos deixamos cometer atitudes ridículas por pura carência.

O primeiro sintoma de carência crônica é o ataque de estrelismo. Pessoas que fazem de um tudo para aparecer nada mais são que carentes incuráveis. Atualizações do orkut de hora em hora, nicks melodramáticos no MSN, ou pior, frases clichês, do tipo "não trate como prioridade quem te trata como opção". Tudo carência, solidão.

Mania de chamar todo mundo de "amigoooo"; "miga"; "miguxo"; "amor"; etc. Esse puxa-saquismo exagerado é pura falsidade e, novamente, carência, vazio.

Câmera fotográfica sempre à mão. Seja para um passeio no shopping ou no trabalho. Crise de "tenho que fotografar tudo para mostrar como minha vida é badalada".

Excesso de vaidade, como uma hora de maquiagem todo dia, não sair de casa sem chapinha, ter que comprar roupas compulsivamente. Carência. Sentimento de que ninguém a achará bonita sem milhares de artificialidades.

Sorrisos forçados e necessidade de agradar a gregos e troianos. Falsidade e carência extremas.

Não saber ficar sozinha, em ambos os sentidos, inclusive no sentido de solteira; achar que todo homem que aparece é para a vida toda; achar que se "perder" esse, nunca mais vai encontrar ninguém. Preciso repetir o que é?

Por carência, pessoas traem, magoam, sofrem. Será esse um mal incurável?

Desisto

Embora eu deteste dar conselhos sentimentais, muita gente insiste em me fazer de terapeuta e me contar seus problemas referentes a relacionamentos amorosos e perguntar o que eu acho.

Até aí, tudo bem, eu sou boa ouvinte. E acho que até não sou tão ruim no quesito conselhos, porque sempre procuro analisar os dois lados.

Mas tem gente que me cansa. Tem gente que simplesmente não quer ser ajudada.

Explico.

Quando alguém me procura para conversar sobre seu rolo/ficante/namorado/noivo ou qualquer coisa que o valha, eu evito dizer frases radicais, como: "que filho da puta!"; "mete um pé na bunda dele!"; "acorda, você deve ser corna", e coisas semelhantes.

Mas, de maneira sutil, tento fazer a pessoa perceber certos sinais. Ou seja, tem gente que radicaliza demais. Ou por ser muito cego/tapado e achar que seu namorado/etc. é um santo, quando é um galinha, ou por achar que é um cafajeste -- quando também não é o caso. Então, de uma forma bem tranquila, eu procuro moderar as coisas, e não incentivar a pessoa a fazer uma tempestade em copo d'água, ou a tapar os olhos para tudo.

Tenho uma amiga que adora alugar meu ouvido (e olhos, pelo MSN) com as histórias mais repetitivas acerca dos caras com quem ela se envolve. Até pouco tempo atrás, ela namorava um cara muito sossegado, gente boa, de quem ela pegava no pé até fazer calo. Ela não deixava o coitado respirar.

Foi só terminar com ele -- depois de quatro anos de namoro --, e não deu meia hora para ela se envolver com um cara bem mais velho, de profissão típica de canalhas (sim, isso existe), e, pior, enrolado com uma suposta namorada há mais de 10 anos. Desde o começo, a história era toda muito esquisita. Mas ela jurava que tinha encontrado o príncipe do cavalo branco.

De maneira gentil, eu tentava mostrar para ela os "furos" nas coisas que ele falava. Eles estavam envolvidos há menos de um mês e ele jurava que ia terminar com a namorada (?) de 10 anos (o namoro, não a namorada) para casar com ela. Sim. Ele prometeu casamento e criar o filho dela. Suspeitíssimo.

Entre outras coisas, dizia que iria à casa dela conversar com a mãe dela, que estava apaixonado, enfim, todas essas frases de efeito supermanjadas, que todo homem usa para tentar levar uma mulher para a cama. E ela foi, inclusive muito depressa, para os finalmente com ele (que era só o que ele queria, óbvio).

Mas, apaixonada que estava, e se jogando de cabeça, acreditava em tudo que ele falava. Inclusive nas histórias mais absurdas que se possa imaginar. Chegou a brigar e enfrentar o mundo "em nome desse amor". Já estava quase a ponto de fazer o enxoval. Ok.

Eis que eu, em todo esse tempo, tentei alertá-la, de maneira educada -- e não como umas "amigas" dela por aí que só sabiam chamá-la de burra e coisas piores. Não que ela não seja, mas eu não falo isso na cara de uma amiga, pois existem formas mais inteligentes e menos agressivas de alertar uma pessoa.

Bem, o resumo da ópera é que, lógico, o cara não terminou com a mulher/namorada/sei-lá-o-quê dele, ficou 20 dias desaparecido, e depois resolveu ressurgir das cinzas (não como a Fênix, pois seria uma ofensa para nossa X-Girl), com um milhão de conversinhas moles novamente, tentando claramente fazê-la de otária.

But, that's my point. Ela, no momento em que ele foi conversar com ela, fez-se de durona, xingou, tentou humilhá-lo, tentou ofender, usou de todas as palavras mais ásperas que conhecia, e jurou nunca mais olhar na cara dele. E também tentou fazer com que eu acreditasse nisso. Logo eu, sua amiga de tantos anos, que a conheço tão bem, e nos últimos tempos já desci do salto e mandei ela acordar para a vida, que esse cara não valia um quilo de feijão carunchado. Mas beleza, é lógico que ela finge que ouve, mas não põe nada em prática (então não sei pra que diabos pede conselhos).

Mas, ocorre que, dois dias depois dessa suposta conversa de lavagem de roupas sujas, ela o encontra novamente numa festinha da tchurma. E adivinhem o que ela faz? Não, não ganha um doce quem acertar. Até porque é bem óbvio, né. Ficou com ele de novo.

Quer dizer, ela bota a maior banca, se faz de gostosona, diz que o cara é um filho de uma mãe de reputação duvidosa, que nunca mais na vida quer sequer ouvir o nome dele, e na primeira oportunidade ela se derrete de novo pelos seus encantos (?).

Agora, vocês hão de convir comigo: essa pessoa não tem mais jeito. Ou eu sou um fracasso como conselheira, ou ela é um fracasso como "pessoa que tem pelo menos um mililitro de amor próprio".

Mas o que fazer quando a pessoa acha que é a protagonista de uma história de amor-impossível-mas-que-no-final-dá-certo da novela das 8h?

What the fuck?

Quando eu penso que nada mais de esquisito pode acontecer comigo, Murphy me prova o contrário.

Só para avisar: estou correndo seríssimos riscos de vida (ou de morte, como preferem alguns).

Ocorre que a minha queridíssima diarista, que vai lá em casa todos os sábados, nesse final de semana deve ter fumado uma erva boa devia estar com algum problema muito grave que impedia sua concentração no trabalho.

Ao fazer a faxina básica, a anta coitada não encontrou a cera de passar no chão -- que por sinal estava guardada no mesmo lugar de sempre --, mas para garantir que o piso da minha casa ficasse brilhante, ela teve uma ideia mais brilhante ainda: passar lustra-móveis. Sim, lustra-móveis. No chão!!!

O piso da minha casa está mais liso que bagre ensaboado.

Isso é praticamente uma tentativa de homicídio. Sério. Porque eu não sei como eu ainda não me estatelei no chão, mais esparramada que batatinha quando nasce e bati a nuca, tendo morte instantânea.

Sem contar que lustra-móveis é bem baratinho, né?!

People suck.

Eu faço essa cara de quem acha tudo um saco, e é porque de fato eu acho mesmo. Dia após dia, o ser humano me decepciona mais e mais.

Odeio viver em um mundo onde só o dinheiro importa, onde as pessoas querem ser umas melhores que as outras e se acham no direito de pisar em quem quer que seja para alcançar seus objetivos.

Um mundo de pessoas vazias, fúteis e preocupadas apenas com a aparência e o status. Um lugar onde um não se preocupa em magoar o outro, e só quer saber de ser "diferente" e "original". Nada contra as pessoas que se destacam por sua personalidade ímpar -- o que, aliás, eu admiro muito --, mas tudo contra as pessoas que forçam a barra para tentar vender uma imagem do que não são.

Tudo que eu consigo sentir em relação a muitas pessoas é nojo. Não que eu me ache melhor que elas, não acho que sou melhor que ninguém, só que eu não admito arrogância e prepotência, complexo babaca de superioridade. Quando você morrer, vai apodrecer, assim como todo mundo. Assim como aquele porteiro do seu prédio de quem você nem olha na cara e mal sabe o nome. Assim como o motorista do ônibus a quem você sequer dá bom dia. Assim como aquela sua colega de trabalho de quem você ri porque a acha brega. Sim, do pó viestes e ao pó voltarás.

Hoje, ouvindo I am Mine, do Pearl Jam, fiquei refletindo sobre o egoísmo e o egocentrismo humano. A cada dia mais eu tenho a nítida impressão -- ou a certeza, arrisco dizer -- de que as pessoas só se preocupam com elas mesmas, com o que elas acham certo ou têm vontade de fazer. Ninguém mais quer saber se está desrespeitando o espaço alheio, se a sua atitude tem consequências maiores ou até mesmo graves para outras pessoas. Todo mundo compra máscara para não pegar a gripe suína, mas está se lixando para as crianças que morrem diariamente de fome e de outras inúmeras moléstias na Etiópia, por exemplo.

Sinceramente, cansei.

Inspiração

Eu dependo de inspiração para viver. Não apenas para trabalhar. Mas para viver.

A inspiração pode vir de qualquer lugar. De uma boa música, de um filme, de uma situação que aconteceu comigo (ou com outra pessoa, tanto faz).

Mas quando eu mais preciso, a inspiração me falta.

As palavras fogem. O desânimo se instala. A apatia parece me dominar. E assim tem sido com frequência.

E que o fim-de-semana cure todos os nossos males. Amém.

Apologias ridículas

Hoje lembrei da música do Nirvana, que diz "why sould I be all apologies?", e de certa forma eu me identifiquei. Eu sei que vai ter gente me odiando por causa desse post, mas eu quero apenas expressar minha opinião e como eu me sinto.

Dias atrás, li um post no blog do Felipe Neto, o Controle Remoto, em que ele reclamava do quanto nós, os heterossexuais, estamos sofrendo com uma inversão de valores, em que quem não apoia o homossexualismo é praticamente marginalizado nos dias atuais.

De certa forma, eu me sinto assim também na maioria do tempo, e em relação a diversas questões.

Hoje travou-se uma discussão aqui no trabalho a respeito da legalização da maconha. E eu vou dizer a real: eu sou contra. Sim, assim como eu adoraria que aprovassem de vez uma lei federal antifumo, a exemplo da lei estadual recentemente sancionada no estado de São Paulo.

E eu vou falar a real. Eu, como não-fumante, me irrito profundamente com pessoas fumando ao meu lado. Sim, fede. Sim, incomoda quem não fuma. Sim, arde o nosso nariz quando somos obrigados a inalar a fumaça do cigarro alheio. Porque quem fuma não se incomoda com uma pessoa não-fumante ao seu lado, afinal de contas, não estamos fazendo nada que disturbe a sua paz. Mas nós, não-fumantes, não temos escolha, respirar é inerente à nossa sobrevivência, portanto muitas vezes não podemos escapar. E quem é que SEMPRE tem que sair de perto nesses casos? Sim, nós, pois os fumantes não se tocam.

Eu acho um absurdo imenso que em determinados lugares fechados -- como baladas e afins -- ainda se possa fumar no interior, visto que a maioria tem ar-condicionado e, portanto, não ventila. Além de cigarro ser nojento, é uma questão de saúde. Você, fumante, inspira toda aquela toxicidade com filtro. Nós, sem. Vocês sabiam que 2% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes passivos? Ou seja, naquelas pessoas que, assim como eu, detestam cigarro, mas por conviver perto de fumantes, acabam sendo vítimas dessas porcarias todas contidas naquele rolinho pelo qual vocês pagam uma fortuna para autodestruir sua saúde (e a nossa).

O pior de tudo é que muitos fumantes são mal-educados. A atitude de sair para longe ao acender um cigarro deveria ser automática se você está perto de pessoas que não fumam. Queria ver se eu parasse do seu lado e começasse a peidar. Você não ia gostar, não é? Pois é.



Agora, entra essa questão da maconha. SUPONHAMOS que a maconha venha a ser legalizada e tratada da mesma forma que o cigarro. Eu me sentiria profundamente incomodada e desrespeitada se um maconheiro (ou maconhista), ou fumante de maconha, ou seja lá que porra de nome darão para os fumantes-de-maconha-legalizados, acendesse um baseado do meu lado no restaurante, no ponto de ônibus, ou em qualquer outro lugar. Eu não gostaria de chegar ao trabalho com aquele cheiro impregnado na minha roupa, e eu acharia tremendamente absurdo um colega de trabalho chegar à empresa chapado e fedendo a maconha. O cheiro do cigarro por si só já me incomoda. Imagina o seu colega de trabalho -- que sai para fumar a cada 15 minutos -- ir "dar um tapinha" no meio do expediente.

Como seria feito esse controle?

Não vou entrar no mérito do homossexualismo hoje, como eu citei no começo do post, mas é mais um tema que eu vou querer debater aqui mais pra frente.

Sobre essa questão da maconha, sinceramente, eu não vejo uma forma de isso ser feito sem transformar-se num transtorno até mesmo pior que o dos cigarros convencionais.

Desculpem-me os fumantes, eu não "odeio" vocês, até mesmo porque meu próprio pai é fumante, mas ele sabe muito bem o quanto eu reprovo esse vício dele, que, sim, é possível de largar.

O que eu quero dizer aqui, afinal de contas, é o quanto nós, pessoas "normais", estamos sendo a cada dia mais reprimidas numa sociedade hipócrita que vem tentando promover uma "igualdade" impossível. Eu não acho que sou retrógrada, talvez seja um pouco conservadora, mas eu não quero chegar ao ponto de ter de me trancar em casa por não ter mais opções para onde sair no final de semana sem ser incomodada pelo cigarro ou possivelmente pelo fedor (SIM, MACONHA FEDE A PODRE) de um baseado sendo queimado do meu lado.

Murphy me ama!

Eu sou premiada mesmo!
Gente, quando eu digo que Murphy me persegue, não é brincadeira.

Impressionada com a promoção da Oi, dos bônus de até R$ 600 por mês, propus ao meu namorado que comprássemos um cada. Ambos temos celulares da TIM, mas como nunca tem uma promoção que preste, resolvemos adquirir o chip Oi, pois assim poderíamos ser ligadores nos falar mais pagando menos.

Então, semana passada nos encontramos no Centro para ir atrás disso. Descontando o fato de que eu trabalho na puta que o pariu muito longe do Centro e que levei nada menos que 40 (LEIA-SE QUARENTA) minutos para conseguir encontrá-lo, no fim até que correu quase tudo bem.

Mas vamos fazer como Jack, e vamos por partes.

Eu só tenho uma hora de almoço entre um trabalho e o outro, e ele também. Mas detalhe que o meu horário de almoço é das 13h às 14h, e o dele é das 12h às 13h. Mas como eu tinha que ir ao banco pagar uma conta atrasada, saí mais cedo do trabalho de manhã, às 12h.

Consegui chegar ao Centro por volta de 12h30. Mas tive de parar no banco (onde eu tenho conta) para sacar dinheiro para pagar o carnê (em outro banco, muito, muito longe, e que por sinal só tem UMA fucking agência na cidade). Nesse meio tempo, tive que encontrar uma das moças da Zona Azul (estacionamento regulamentado) e comprar um cartão, voltar ao carro e colocar.
Ok. Feito isso, saco (que palavra feia!) o dinheiro e volto para o carro, para encontrar meu namorado onde havíamos combinado, para podermos ir ver a questão do chip.

Lógico que, perdida como sou, e com o trânsito infernal que estava, eu fiquei rodando durante uns 10 minutos até conseguir achar uma vaga para estacionar. E, é claro, a quilômetros de onde eu tinha que ir. E lá vou eu, com uma roupa super quente (porque de manhã tava um frio do caralho, e de meio-dia tava um puta dum calor, sabe?), caminhar aquela longa avenida toda a pé.

Beleza, quando cheguei ao local combinado, partimos para a loja da Brasil Telecom. Chip comprado, a orientação foi simples: colocar o chip num aparelho desbloqueado, discar *144 e digitar o CPF. Ok, parecia fácil. Mas bem que a vaca atendente da loja, se fosse um pouco mais simpática e bem disposta para atender os clientes, podia ter feito isso pra gente. Afinal de contas, tô pagano, né. Mas tá.

Com toda a demora, meu namorado nem pôde almoçar, e foi direto para o trabalho, e disse que depois faria um lanche. Beleza... e aí eu começo minha segunda peregrinação para pagar minha conta que havia vencido no dia anterior.

Chego ao banco, que fica numa puta duma subida, já morrendo, ofegante, e preocupada que a droga do cartão do estacionamento ia vencer logo. Então, antes de entrar no banco lotado, felizmente um funcionário muito simpático me atendeu e explicou que aquela fatura eu poderia pagar nos Correios (porque eu perderia muito tempo na fila do banco). Lá vou eu subir mais um pouco a ladeira para chegar aos Correios.

Então, finalmente consegui pagar minha conta, depois de alguma espera, claro — porque nada no Brasil se consegue fazer sem espera —, mas, para minha surpresa, tive de pagar DEZESSETE reais de multa, por UM dia de atraso. Gente, DEZESSETE REAIS. Pelo amor de todos os santos, com essa grana eu almoçaria a semana inteira!!!

Mas tudo bem. Não fosse o fato de que eu havia sacado o dinheiro praticamente contado para pagar a prestação, comprar o chip e me sobrar tipo uns 10 pila na carteira.

Então, lá vou eu cavocar todos os bolsos possíveis da minha bolsa e da minha carteira para pagar a maldita conta. Depois de quase pedir um empréstimo para a própria atendente dos Correios, consegui pagar a conta. Beleza. E aí volto praticamente correndo para o carro (que estava estacionado na PQP), já com medo de ter sido multada. Tudo isso no sol. Com roupa megaquente. Sem almoço. Na subida, porque aquela avenida é impressionante, na ida é subida e na volta também!

Depois de tudo isso, consegui chegar ao carro. Vim para o trabalho, e pedi um x-salada para almoçar. E tinham me sobrado 2 reais na carteira.

Se não fosse um colega me emprestar "cincão", não teria nem sentido o cheiro de comida naquele dia. Ok. Depois de alimentada, coloco meu novo chip no meu celular, que é desbloqueado. Mas quem disse que eu consigo ativar o chip? Li fóruns na internet, todos diziam a mesma coisa, mas no MEU telefone não funcionava. Testei em outros celulares de colegas. Nada. Liguei para um monte de números diferentes, do telefone fixo aqui, e nada.

No fim, só mesmo pelo 10314 consegui resolver meu problema (já fica a dica, caso algum azarado alguém venha a ter o mesmo problema que o meu). Mas antes disso, num número de atendimento da Brasil Telecom, o atendente me falou que aconteceu com ele a mesma coisa, e que além de mim, ele só conhecia mais UMA pessoa que passou pela mesma situação. Quer dizer, de 580 MIL pessoas que já adquiriram ou vão adquirir o chip, TRÊS foram premiadas com um chip que não era possível ativar pelo sistema mais simples. E eu era uma delas. Que maravilha.
Tudo isso sem contar que perdi umas duas horas mais ou menos tentando entender o porquê do meu chip não poder ser ativado, se uma colega minha disse que havia comprado e o dela ativou na mesma hora. É, meus queridos, certas coisas só acontecem comigo (praticamente).


Obs: mas agora eu já resolvi tudo e sou uma ligadora! Ahá!!

Academia

Até pouco tempo atrás, eu me sentia mal por ser uma pessoa sedentária. E até fazia piada com isso — embora não tenha nada de engraçado em subir uma escadaria e chegar ao topo ofegante. Eis que, então, incomodada com o "pneuzinho" a cada dia mais saliente ao redor da minha cintura, e incentivada pela minha mãe, resolvi começar a malhar.

Na verdade, também fui incentivada pelo fato de que tenho 22 anos e a disposição e a postura de uma sexagenária. Sabe quando você sente que seu corpo está travando e que você está ficando a cada dia mais contraída de tanto passar horas e horas em frente ao computador? Pois é. Essa vida "moderna" me fode.

Mas, voltando à academia. Obviamente, na minha avaliação física deu tudo péssimo. Resistência física muito fraca; flexibilidade muito ruim; excesso de gordura; e pouca massa muscular. Excelente.

Então, comecei. No início, foi aquela empolgação. As aulas de jump eram muito divertidas (embora a taquicardia me fizesse pensar que ia morrer, e meus joelhos doessem por pisar errado, e meus pés formigassem sabe Murphy Deus por quê).

A musculação também me parecia muito interessante. Quase pulei de alegria quando passei dos 10 quilos na adutora e abdutora (que eu fazia com muito custo) para 20 quilos, que eu passei a levantar tranquilamente. Uau. "Vou ficar gostosa", pensei.

Mas tudo que eu conseguia era ficar dolorida. Muito dolorida. Aos poucos, desisti do jump, pois ferrava meu joelho toda vez. Resolvi ficar só na esteira, bicicleta e musculação. Mas eu odeio a musculação para o braço, e então, nos dias em que eu tinha que malhar braço, geralmente eu faltava.

Sem contar que meu trabalho é meio complicado, porque volta e meia (dia sim dia também) eu saio mais tarde que o horário definido em meu contrato, e aí ficava muito tarde para ir para a cadimia. E além disso, passar a tarde toda sem comer me deixava um pouco sem energias para puxar ferro, sabecomé?

"Mas vai valer a pena. Minha perna parece até que está mais durinha", eu insistia.

Depois, encasquetei que o problema era a academia onde eu malhava. Fechava muito cedo para o meu ritmo de vida (que é não ter tempo pra nada), era pequena e os aparelhos estavam sempre todos ocupados, o que me desanimava, por ter de ficar esperando.

Ok, troquei de academia. "Uau, essa sim é boa. Fecha mais tarde, tem mais aparelhos, é grande", pensei. Não deu duas semanas e eu desisti de novo.

Cheguei a uma triste conclusão: o problema sou eu. Porque eu odeio, odeio, odeeeeeeeeeeio malhar. Odeio suar. Odeio levantar peso (porque dói pra caralho). Odeio ficar dolorida no dia seguinte. Odeio "perder" mais uma hora e meia do meu dia numa coisa que não me dá prazer e chegar em casa praticamente no horário de ir dormir, ou seja, não poder fazer nada que eu quero e gosto, só o que eu preciso.

O pior é que minha auto-estima não está lá essas coisas. Eu preciso melhorar minha postura, acho minhas pernas muito finas, a barriguinha de chopp já está muito saliente. Eu preciso emagrecer e ganhar condicionamento físico. Mas será que não podia existir um jeito mais facinho, não?! Tipo aqueles AB Toner, só que algo que funcionasse de verdade?

Porque eu gosto mesmo é de comer, de preferência alimentos nada light, como pizza, churrasco, batata frita, e a santa cervejinha. Será que estou fadada a virar uma obesa moribunda?

Fala na cara!

Eu admiro as pessoas que têm coragem de dizer o que pensam, doa a quem doer. Quem tira satisfações, não leva desaforo pra casa, diz o que merece ser dito. Diz aquela verdade que fica engasgada como uma espinha de peixe e dá um nó na garganta.

Admiro mais ainda as pessoas que sabem fazer isso sem magoar os outros. Mas até mesmo as que dizem e magoam.

Eu vivo me autocensurando, evito de dizer quase tudo que tenho vontade, por receio de magoar as pessoas, para evitar brigas, confusões, desgastes. Mas fico remoendo aquilo, ao custo de apaziguar uma situação muitas vezes insuportável, e quem sofre sou eu. Quem não dorme sou eu. Quem chora sou eu.

Dia das mães - protesto!

É, meus caros, o dia das mães está chegando. Se você é um filho desnaturado ainda não comprou nada para a sua querida progenitora, apresse-se.

Não, eu não sou uma vendedora das Casas Bahia. Muito pelo contrário. Hoje escrevo para dizer o quanto me revoltam essas "promoções" para o dia das mães.

Jogo de panelas; multiprocessadores de alimentos; faqueiros; geladeira; fogão; ferro de passar; liquidificador; lavadora de roupas; etc.

Quem the hell disse que isso é presente que se dê para a mãe? Por acaso a sua mãe é empregada doméstica? Não, sério, eu fico indignada com essas coisas.

Qual foi o espertalhão que ainda não percebeu que hoje em dia as mães são mais que donas-de-casa? A maioria das mulheres hoje trabalha, se sustenta, muitas vezes ganha mais que o marido, vive na maior correria, e de quebra ainda cuida dos filhos. E da casa também, sim. Mas não venha me dizer que é porque sua mãe estava precisando de um ferro novo. À PQP com um ferro novo.

As mães, assim como todas as mulheres, gostam de presentes que as façam sentir-se mais femininas, bonitas, inteligentes, valorizadas. E não um monte de tranqueiras domésticas.

Sua mãe está precisando de um liquidificador novo? Ótimo, só não compre isso de dia das mães para ela.

Que tal você experimentar levar sua mãe a um lugar que ela adora? A um restaurante gostoso? Ou então dar aquele presente com o qual ela vem sonhando? Uma bolsa, um sapato, um perfume, um livro, qualquer coisa, menos um fuckin ferro de passar, por favor.

Uma vez, um vizinho meu deu uma enxada de presente para a mulher no aniversário. O que você faria com uma porcaria dessas se seu marido te desse de "presente"? Capinaria o quintal? Desculpe, eu arrebentaria a cabeça dele. Mas credo.

Então, gente, está dado o recado. Sua mãe merece mais, muito mais. E até mais do que você pode dar, com certeza. Mas dê algo que a faça feliz, e não que vá atender principalmente aos seus interesses pessoais, ou aos da família toda. Domingo é o dia dela, só dela. Então, mime-a, e de preferência com um presente bem original. Fui clara?

Quente ou frio?

Se tem uma coisa que me tira do sério são mudanças bruscas de temperatura.

Mas não estou me referindo às mudanças meteorológicas, que também são um saco. Como diz o cara que fica puto, é uma merda quando num dia está um frio do caralho e no outro dia um puta dum calor. Prefiro ter um filho viado que um filho do departamento meteorológico.

Anyway, como não cabe a nós, meros mortais, querer mudar o clima — apesar de que o estamos mudando para pior, com toda a emissão de gases de efeito estufa e bla bla bla —, volta e meia utilizamo-nos de aparatos eletrônicos para tentar amenizar o nosso sofrimento com o calor excessivo, ou o frio, dependendo da região.

Como eu moro em Foz do Iguaçu, uma cidadezinha quente pra caralho capaz de fazer o próprio diabo achar o inferno um lugar fresquinho, ar-condicionado aqui não é artigo de luxo, é item de primeira necessidade. É verdade, no verão aqui os termômetros passam dos 45°C brincando.

Mas o que me irrita mesmo nisso tudo é gente exagerada. Ultimamente o clima até que anda bem agradável, sabe como é? Afinal de contas, é outono. Excluindo-se o fato de que manhã é bem frio e de tarde esquenta a lot, não é nada comparado com os terríveis verões que enfrentamos.

Pois bem. Eis que no meu trabalho tem uma certa senhora obesa e com pressão alta que sempre está morrendo de calor. Vejam bem, não é com calor, é morrendo de calor, desesperadamente, suando.

E como Murphy me adora, a mesa dela é em frente à minha. Mais precisamente, grudada à minha. E eu, como não tenho toda aquela camada adiposa como ela, sinto frio, como uma pessoa normal, especialmente com o ar-condicionado ligado no modo Polo Norte e voltado todo para mim.

Pois é. Hoje à tarde, por exemplo, o ar ligado na ventilação era mais que suficiente. Todos na sala estavam satisfeitos. Mas não, ela tem que começar a reclamar e a passar a mão na testa falando: "olha aqui, ó, eu tô suando". E a vontade de falar "whatafuck eu tenho com isso?", né?!

E aí, ela vai lá, e liga o ar no modo congelante, com o vento todo em cima de mim, só de mim — porque ela jura que não vai nela —, e acha que tá na razão. E isso acontece todos os dias.

Com isso, óbvio, eu já começo a nem conseguir trabalhar direito mais, né. Minhas mãos e meus pés começam a ficar congelados, aquele vento gelado na minha cara começa a me dar dor de cabeça, e até os meus papéis de anotação em cima da mesa chegam a se mexer, dado o vento que bate em mim.

Eu tenho uma raiva tão grande, mas tão grande. Detesto esse tipo de exagero. Parece que a pessoa nunca viu um ar-condicionado na vida. Além do mais, ela não entende que ar-condicionado foi feito para refrigerar o ambiente, não para fazer vento. Se ela quer vento, por que diabos não compra um ventilador de mesa, então? Ou um leque. Ou vai fazer um regiminho, né?! Me poupe!
Hoje eu acordei diferente. Outra pessoa. Qualquer uma, menos eu.

Acordei mais cedo, e tranquila. Nem sinal do cansaço extremo que me persegue todos os dias.

Levantei com calma, fiz tudo bem devagar, ao contrário de todos os outros dias, quando parece que o mundo vai acabar e tudo urge.

Acordei até meio poeta. Logo eu, que não gosto de poesia. Admirei as flores a caminho do trabalho. Não me irritei com ninguém até agora.

Como se hoje, somente hoje, ou pelo menos por enquanto, tudo tivesse um outro significado.

Que ironia, em plena segunda-feira, com a semana inteira pela frente.

Como se uma paz imensa tivesse tomado conta de mim. Fico até preocupada com essa sensação, pois ela é praticamente inédita.

Não pensei na gripe suína, na crise mundial, nem nas minhas eventuais crises existenciais. Não senti raiva das pessoas que me magoam. Simplesmente ergui a cabeça e vim, para mais um dia.

E seja o que Deus quiser.
Sou sempre eu mesma, mas não sou sempre a mesma!.
 
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